O Sispmur enviou um ofício para a Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Gestão de Pessoas cobrando explicações sobre a normativa da educação, publicada em 2 de dezembro de 2022.
O documento apresenta redução de profissionais do cargo de Apoio Instrumental. Tal função incorpora trabalhadores responsáveis pela sanitização e higienização das escolas municipais. É válido ressaltar que com a “municipalização” do ensino, cerca de 4 mil estudantes da rede estadual serão transferidos para o município. “Essa normativa é totalmente fora da realidade. Vão aumentar o quantitativo de alunos e reduzir o quantitativo de trabalhadores? Está errado! A Prefeitura precisa corrigir essa lambança com urgência, caso contrário nossos estudantes não terão condições de estudar, por falta de higiene e segurança sanitária”, explica Geane Lina Teles, presidente reeleita do Sispmur.
A preocupação, da maior liderança dos servidores de Rondonópolis, vem de encontro aos números, disponíveis no portal da Prefeitura de Rondonópolis. De acordo com dados da Covid-19, em Rondonópolis, nos últimos 30 dias 226 pessoas foram infectadas com o vírus. “Está chegando o período de festas e tudo quanto é profissional de saúde já crava uma grande possibilidade de uma quarta onda da doença. Ou seja, esses números devem subir consideravelmente em janeiro. E aí, como a Prefeitura vai garantir um retorno seguro dos nossos alunos com pouca gente para fazer limpeza e sanitização dos ambientes?”, questiona.
Geane ainda garante que a polêmica normativa foi confeccionada sem qualquer participação dos servidores e do Sispmur. “Fizeram algo de portas fechadas. Prática que infelizmente é costumeira e totalmente autoritária. Agora vão ter que se explicar para a sociedade”.
Para a sindicalista, o caso pode ser mais uma manobra para ampliar as contratações de empresas terceirizadas. “Não podemos descartar essa hipótese. Tem terceirizada em tudo quanto é canto desta Prefeitura. Além de prejudicar o bom atendimento do serviço público, essas empresas colecionam queixas por atrasos no pagamento dos trabalhadores. A pessoa sem dinheiro para comprar arroz e feijão, não consegue entregar um bom serviço”, lembra.
Além de denunciar a prática incoerente, com a realidade do município, o Sispmur também enviou cópia do ofício para o Ministério Público do Estado de Mato Grosso tomar as devidas providências.