O vídeo de uma caminhonete ‘decorada’ com cartazes com a frase “Buscando meu prematuro”, que circulou pelas ruas de Cuiabá, viralizou no final de semana. Thiago Everton Rodrigues Simi, de 37 anos, decidiu fazer uma homenagem ao filho Vicente, que nasceu prematuro e precisou ficar 25 dias internado. Confira o vídeo.

A mãe do recém nascido, Daniely Bertoldo Lima Simi, de 29 anos, também publicou nas redes sociais um texto para expressar a experiência como “mãe de UTI”, e “mãe de prematuro”.

“Ser mãe de prematuro é ter alta do hospital e deixar seu filho. É voltar com a mala dele para casa. É ser viciada nos parâmetros do monitor. É ver seu filho respirando com ajudas de aparelhos e rezar todos os dias”, postou em uma rede social.

À TV Centro América, Daniely contou que o motivo do filho ter nascido prematuro é investigado, pois ela teve uma gestação tranquila. Entretanto, ela passou por uma diabetes gestacional, o que é relativamente comum, mas pode ter sido um dos fatores que provocou o rompimento da bolsa.

“Ele nasceu com 34 semanas e quatro dias, não havia completado 8 meses. Não deu tempo de preparar o pulmão da criança. Normalmente, as gestantes tomam uma injeção de corticoide para amadurecer o pulmão, mas isso quando já se sabe que a criança é prematura. No meu caso, não sabia”, explicou.

Quando Vicente nasceu, Daniely relatou que a criança estava com um bom tamanho e peso, mas depois de algum tempo, apresentou dificuldade para respirar porque os pulmões não estavam amadurecidos.

Vicente ainda no hospital — Foto: Arquivo pessoal

Cerca de 24 horas depois que o bebê foi intubado, tentaram extubar, mas ele não reagiu bem e recebeu um diagnóstico com hipertensão pulmonar, que prejudicou o coração, e um tipo de pneumonia, o que é normal em pulmões prematuros, mas não é leve.

“Meu filho ficou sedado por mais de uma semana, só o víamos através do vidro. Depois de extubado, ele passou por três aparelhos de respiração, para desenvolver o sistema respiratório e ele conseguir mamar”, contou Daniely.

A mãe ainda relatou que, por sorte, o tamanho e o peso do bebê o ajudaram a superar os contratempos da UTI e, depois que tirou o cateter, ela conseguiu alimentá-lo.

“Agradeço o apoio de todos que de alguma forma me ajudaram. Pessoas que eu nem conhecia falaram comigo para me dar apoio. Também agradeço todas as orações pelo Vicente, e aproveito para exaltar a Deus, que é o principal médico deste caso. Também quero saudar a Nossa Senhora que sempre intercedeu pelo meu filho”, completou a mãe.

Thiago, Daniely e Vicente em casa. — Foto: Arquivo pessoal