Novo estudo aponta que o Universo tem 26,7 bilhões de anos, quase o dobro do que se pensava

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Galáxias antigas fazem cientistas questionarem a idade estimada do Universo - REPRODUÇÃO/ESA/HUBBLE & NASA ACKNOWLEDGEMENT: NICK ROSE

Novo estudo aponta que o Universo tem 26,7 bilhões de anos, quase o dobro do que se pensava

Uma nova pesquisa apontou que o nosso universo pode ter quase o dobro da idade que estudos anteriores calculavam. Segundo a análise, o cosmos tem 26,7 bilhões de anos, ao invés de 13,7 bilhões, a estimativa mais aceita atualmente.

Para chegar ao dado, os cientistas proporam o que foi chamado de “uma nova cosmologia”, e tentaram resolver uma espécie de paradoxo chamado “problema impossível das galáxias primitivas”, em um estudo publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

A necessidade de uma nova datação do Universo não é nova. Pesquisas anteriores tentaram chegar a um resultado medindo o tempo desde o Big Bang e um estudo detalhado das estrelas mais antigas, com um método conhecido como “desvio para o vermelho”.

Mas (quase sempre existe um “mas”!), estrelas e galáxias muito antigas — como a Matusalém — passaram a existir cerca de 300 milhões de anos após a gênese do Universo, o que não está de acordo com as teorias mais aceitas de formação estrelar.

Além disso, essas estrelas e galáxias estão em um nível de “maturação cósmica” que parece chegar aos bilhões de anos. Ou seja: ou essas galáxias são mais jovens do que parecem, ou o Universo é muito mais velho..

“Nosso modelo recém-desenvolvido estende o tempo de formação da galáxia em vários bilhões de anos, deixando-o com 26,7 bilhões de anos, e não 13,7 como estimado anteriormente”, afirma Rajendra Gupta, professor da Universidade de Ottawa e principal autor do estudo.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores utilizaram uma nova técnica de interepretação da luz em locomoção de bilhões de anos.

Gupta unificou duas teorias complicadas, chamadas “hipótese da luz cansada” e “constante de acoplamento” para propor um modelo híbrido de “desvio para o vermelho”, em que as mudanças nas ondas de radiação eletromagnética da luz não se devem apenas à expansão do Universo, mas também à perda de energia dos fótons ao longo do caminho.

Essa adição teórica — que ainda está longe de ser confirmada por observações científicas, mas é aceita matematicamente — permite estender o tempo de formação e expansão do Universo em vários bilhões de anos terrestres.

“Esta modificação no modelo cosmológico ajuda a resolver o quebra-cabeça de pequenos tamanhos de galáxias observados no início do universo, permitindo observações mais precisas”, afirmou Gupta, em um comunicado oficial da Universidade de Ottawa.

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