Enquanto alguns tratamentos requerem o uso de medicamentos líquidos, outros, são realizados à base de gases. Estes gases contribuem para a melhora do quadro clínico de cada paciente, conforme sua gravidade. Saiba mais.
A gasoterapia, embora pouco conhecida de grande parte do público, é muito utilizada em hospitais como forma de tratamento para diversos pacientes.
Como o próprio nome já indica, o tratamento de gasoterapia hospitalar utiliza gases que auxiliam na recuperação rápida dos pacientes, bem como a salvar vidas, quando necessário.
Alguns desses gases medicinais, além do próprio oxigênio, são o ar comprimido, o óxido nitroso, dentre outros, segundo Márcio Rebelo, Coordenador de Qualidade da Protec – especialista em equipamentos hospitalares.
Para que serve a Gasoterapia?
Pelo pouco já abordado, já se pode ter alguma noção da importância que a gasoterapia possui dentro dos hospitais.
Por exemplo, em um paciente cuja saturação esteja caindo (quantidade de oxigênio no sangue), como salvá-lo retomando a quantidade certa de oxigênio se não for através da gasoterapia?
Quando um tecido de um órgão ou outra parte do corpo não é oxigenada como precisa, as células morrem em minutos. Um coração lesionado precisa receber oxigênio rápido para que boa parte do seu tecido não fique comprometido.
Uma cirurgia não ocorre se não for por meio de anestesia local ou geral. Por isso, a gasoterapia faz parte dos tratamentos clínicos e hospitalares.
Como a gasoterapia é aplicada nos pacientes?
Por meio das seguintes técnicas:
Máscara de Nebulização
Por meio da inalação, a máscara de nebulização serve para administrar ar comprimido ou oxigênio através do nariz. Possui o formato tanto adulto quanto infantil, chamado também de “máscara de aerossol”.
Cateter
Por meio de orifícios localizados nas extremidades de um pequeno e delicado tubo, o cateter conduz gases em pequenas quantidades para que o paciente consiga recuperar a saturação (oxigenação do sangue) necessária.
A outra extremidade permanece conectada a um umidificador.
Umidificador
Acoplado a um fluxômetro, o umidificador tem a função de evitar o ressecamento das vias respiratórias. O umidificador leva ar comprimido e oxigênio com água destilada ao paciente por meio do nariz.
Fluxômetro
Aparelho que regula em litros por minuto a quantidade de gases (Oxigênio e Ar Comprimido) ministrada a cada paciente. A capacidade do aparelho é de 15 litros por minuto. Geralmente, já vem calibrado para 3,5 kgf/cm³.
Não é permitido a sua conexão com um cilindro de gás sem um regulador de pressão junto.
Válvula reguladora de rede
Este aparelho fica conectado por uma mangueira específica nos equipamentos que dão suporte à vida do paciente. Localiza-se na saída da tubulação da central dos gases e sempre dentro da sala onde cada paciente permanece internado.
Válvula redutora de cilindro com fluxômetro
Acoplado ao corpo do paciente, o regulador de fluxômetro promove a leitura de até 15 litros por minuto, mas ajuda a reduzir a pressão dos cilindros para 3,5 kgf/cm³. Ou seja, ajuda a regular a vazão do gás ministrado no paciente.
Válvula redutora de cilindro
Acoplado a equipamentos em UTI e centros cirúrgicos, o regulador de pressão fixa reduz a pressão do cilindro de gás a 3,5 kgf/cm³.
Este aparelho não serve para ministrar os gases nos pacientes, apenas para reduzir a pressão conforme a necessidade de cada paciente.
Vacuômetro
Um frasco de vidro com uma boia que não deixa que a secreção passe para a rede de vácuo. Utiliza pressão negativa da bomba de vácuo.
Através destas formas, a gasoterapia proporciona o melhor tratamento, com toda tecnologia disponível, garantindo procedimentos mais bem sucedidos e o conforto imediato de cada paciente.
Por isso, é imprescindível à vida.
