Várzea Grande oferece programa antitabaco em nove Unidades Básicas de Saúde

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Várzea Grande oferece programa antitabaco em nove Unidades Básicas de Saúde

A Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, disponibiliza o tratamento antitabagismo em nove Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade. O Programa de Controle do Tabagismo é uma política nacional do Sistema Único de Saúde, que o Município aderiu para promover a redução da prevalência de fumantes na cidade.

O tratamento do fumante ofertado pelo SUS é gratuito e obedece ao Guia de Diretrizes do Ministério da Saúde, que inclui avaliação clínica do paciente, abordagem mínima ou intensiva, individual ou em grupo e, se necessário, terapia medicamentosa da pessoa que quer parar de fumar.

Segundo o secretário Municipal de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, a pessoa interessada em parar de fumar deve se dirigir a uma das nove UBS que contam com profissionais capacitados. As unidades estão localizadas nos bairros Aurília Curvo, Água Limpa, Eldorado, Água Vermelha, Cabo Michel, Unipark, São Mateus, Vila Arthur e Cohab Cristo Rei.

“O tabagismo é reconhecido, mundialmente, como um problema de saúde pública. Representa grande fator de risco para doenças crônicas responsáveis por altos índices de mortalidade, diminuição da qualidade de vida, e sobrecarga nos sistemas de saúde com aumento dos gastos públicos para o tratamento e reabilitação das pessoas afetadas. Queremos reduzir a frequência de fumantes em diferentes grupos, incluindo adolescentes, jovens e adultos”, pontuou Gonçalo.

O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo e é amplamente reconhecido como uma doença epidêmica resultante da dependência de nicotina. É considerada uma doença crônica.  De modo que a gestão Kalil Baracat tem investido no programa, com vistas ao aumento da expectativa de vida do cidadão várzea-grandense.

A técnica responsável pelo Programa Municipal de Controle ao Tabagismo, Roseli Alves de Oliveira, destaca que a redução da população de fumantes deve evitar as doenças crônicas não transmissíveis que o cigarro provoca no organismo, como cânceres, doenças respiratórias e pulmonares, que levam o paciente a morte.

O tratamento oferecido nas UBS é baseado em uma abordagem onde o paciente preenche um questionário, por exemplo, informando quantos cigarros fuma por dia, se tem sintomas respiratórios, se realmente quer parar de fumar, informações estas e outras, importantes para iniciar o tratamento. Após iniciar as sessões com possibilidade de serem realizadas em grupo ou individualmente, e, quando necessário, há apoio medicamentoso.

São seis sessões ou encontros, realizados semanalmente. Em seguida, são promovidos encontros mais espaçados, até completar 12 meses de tratamento. Durante o processo, o interessado será avaliado pela equipe de saúde composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, que irão investigar as principais doenças e fatores de risco relacionados ao tabagismo com exames médicos e laboratoriais, além de avaliar o grau de dependência da pessoa ao cigarro, o estágio de motivação para parar de fumar e suas preferências para o tratamento, com medicamentos ou não.

“O médico determinará, junto com o paciente, o início do tratamento com adesivo de nicotina, conforme a informação da quantidade de cigarros que o paciente  fuma por dia, e outros medicamentos se forem necessários”, explicou a técnica, informando ainda se for detectado alguma doença relacionada ao cigarro, será iniciado tratamento.

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o tabagismo causa mais de oito milhões de mortes por ano no mundo, considerando, inclusive, casos relacionados ao tabagismo passivo. No Brasil, por exemplo, estima-se que 438 pessoas morrem, por dia, em decorrência do consumo do tabaco. Além disso, o tabagismo é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de formas mais graves da covid-19, devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar.

Segundo os estudos feitos por infectologistas, os fumantes tendem a ser mais vulneráveis à infecção pelo vírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos e, possivelmente de cigarros contaminados com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca. Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos.

Além do cigarro, o narguilé e os dispositivos eletrônicos para fumar são prejudiciais à saúde pulmonar, e seu consumo aumenta o risco para desenvolvimento de sintomas mais graves da covid-19, também, além dos cânceres no trato respiratório. “Queremos divulgar este programa e dar oportunidade às pessoas que queiram parar de fumar e não conseguem sozinhas. A ajuda é muito importante, porque o programa é baseado em metodologias que funcionam e tem resultados positivos, basta a pessoa querer parar de fumar”, completou o secretário Gonçalo de Barros.

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