Twitter diz por que ameaça de Trump à Coreia do Norte ficou no ar: ‘interesse público’

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Twitter diz por que ameaça de Trump à Coreia do Norte ficou no ar: ‘interesse público’

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O Twitter afirmou que resolveu manter no ar as mensagens agressivas do presidente norte-americano Donald Trump direcionadas à Coreia do Norte porque, apesar de violarem suas regras, são de interesse público. O país asiático chegou a interpretá-las como declaração de guerra.

Donald Trump usou o Twitter para declarar que Kim Jong Un e seu chanceler “não estarão muito tempo por aí”.

Apesar de as declarações de Trump terem sido feitas no sábado (23), apenas nesta segunda-feira (26) a rede social explicou por que não tirou a mensagem do ar, já que o conteúdo, por se tratar de uma ameaça, teria o potencial de violar as regras do site.
Uma das violações previstas pelo Twitter é “comportamento abusivo e ameaças violentas”:

“Você não pode fazer ameaças ou promover violência, inclusive ameaças ou promoção de terrorismo”, explica o Twitter.

Contas que façam isso, diz a empresa, “poderão estar sujeitas a bloqueio temporário e/ou suspensão permanente”.

O Twitter disse que não trata Trump de uma forma especial nem com leniência. Mas que leva em consideração a relevância pública das declarações dele, enquanto presidente dos EUA.

“Nós mantemos todas as contas sob as mesmas regras, e consideramos um número de fatores quando analisamos se um tuíte viola nossas regras. Entre essas considerações, está o ‘valor de notícia’ e se um tuíte tem interesse público”, informou a rede social.
A empresa, no entanto, admite que não revela essa conduta em seus termos:

“Isso tem sido uma política adotada internamente e, em breve, atualizaremos nossas regras públicas para refletir isso. Precisamos fazer melhor com isso e iremos fazer. O Twitter é comprometido com a transparência e manter as pessoas informadas sobre o que está acontecendo no mundo.”

Entenda o caso

Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Trump afirmou que vai "destruir totalmente" a Coreia do Norte, caso não tenha outra escolha.

O chanceler norte-coreano Ri Yong Ho respondeu em fala na Assembleia Geral da ONU no sábado (23). Atacou duramente o presidente norte-americano. Chamou-o de "um transtornado mental que está repleto de megalomania". As ameaças dos EUA, disse, fazem com que "a visita de nossos foguetes seja inevitável".

Trump respondeu, mas recorreu ao Twitter para isso:

"Acabei de ouvir o ministro das Relações Exteriores da Coréia do Norte falar nas Nações Unidas. Se ele faz eco dos pensamentos do homenzinho do foguete (referindo-se a Kim Jong Un), eles não estarão por aí por muito mais tempo!”

Ri Yong Ho rebateu. Disse que Pyongyang se reserva ao direito de tomar medidas, como abater bombardeiros norte-americanos, mesmo que não estejam sobrevoando a Coreia do Norte.

"O mundo inteiro deve claramente se lembrar que foram os Estados Unidos que primeiro declararam guerra ao nosso país", disse Ri a repórteres em Nova York, segundo a agência Reuters.

"Considerando que os Estados Unidos declararam guerra ao nosso país, temos todo o direito de adotar contramedidas, incluindo o direito de derrubar bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos, mesmo que eles não estejam dentro do espaço aéreo do nosso país", ameaçou.

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