Levy: ajuste do câmbio é necessário

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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira que não há nada de mais na apreciação do dólar e queda nos preços das commodities vistas recentemente por conta da normalização da política monetária dos Estados Unidos e desaceleração da China.

O ministro disse também que o governo somente irá tomar medidas para elevar a o que for necessário, após ressaltar que a arrecadação federal em fevereiro foi muito baixa.

O dólar fechou com alta de mais de 1,5% sobre o real na sexta-feira, com investidores buscando um nível de equilíbrio para o câmbio após a intensa volatilidade das últimas semanas, que levou a divisa a encostar em R$ 3,30 e cair abaixo de R$ 3,10.

A moeda norte-americana subiu 1,55%, a R$ 3,2405 na venda e, na semana passada, acumulou leve avanço de 0,32%. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 2,4 bilhões.

Após disparar ante o real no início do mês, números fracos sobre a economia dos Estados Unidos e declarações cautelosas do Federal Reserve levaram o dólar a corrigir parte do avanço. Mas o alívio durou pouco, com a decisão do Banco Central brasileiro de encerrar seu programa de intervenção diária servindo de catalisador para compras de divisas.

"Há uma percepção mais ou menos generalizada de que o dólar a R$ 3,10 é muito barato. Mas, ao mesmo tempo, o mercado sabe que alguma hora o dólar vai ter de parar de subir", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.

Nesta tarde, a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, afirmou que o banco central norte-americano está considerando seriamente começar a reduzir sua política monetária expansionista e uma alta de juros pode ser justificada ainda neste ano, embora eventuais entraves à alta do núcleo da inflação ou ao crescimento salarial possam forçar o banco central norte-americano a adiá-la.

Segundo operadores, o sentimento no mercado é de incerteza, com viés de valorização do dólar. As turbulências políticas e econômicas no Brasil têm levado investidores a buscarem refúgio na moeda norte-americana, por receio de que governo não consiga implementar as medidas de ajuste fiscal.

O viés de alta da divisa dos EUA é ainda mais intenso porque, na opinião da maior parte dos operadores, o ajuste do câmbio é condição para o reequilíbrio da economia brasileira. Por isso, afirmam, mesmo condições econômicas mais favoráveis não seriam suficientes para levar o dólar a cair com força ante a moeda brasileira.

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