Isabella Aglio fala sobre desafios na recuperação do pai, Mingau, após tiro na cabeça

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Isabella Aglio e o pai, Mingau, baixista do Ultraje a Rigor — Foto: Reprodução Instagram

Isabella Aglio fala sobre desafios na recuperação do pai, Mingau, após tiro na cabeça

Jovem, que nos últimos oito meses tem sido a porta-voz do pai, fala sobre estado do músico do Ultraje a Rigor, a arrecadação de fundos para o tratamento e do show Juntos Pelo Mingau 2

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Isabella Aglio tem retomado gradualmente ao trabalho como produtora de moda e influenciadora, pausado por oito meses desde que o pai, Mingau, foi baleado na cabeça em Paraty, no Rio de Janeiro.

A jovem, de 27 anos, conversou com a Quem sobre a recuperação do baixista do Ultraje a Rigor, que teve uma lesão cerebral no lado esquerdo, responsável pelas funções motoras, de linguagem e do campo de visão.

O músico deve passar em breve por uma nova cirurgia, que havia sido adiada por conta de problemas de cobertura do convênio médico.

Junto a isso tudo, a família conta com a ajuda financeira dos fãs por meio de uma vaquinha online e de amigos músicos, que realizam no dia 23 de maio o Juntos Pelo Mingau 2, no Tokio Marine Hall, em São Paulo, que terá fundos arrecadados para a continuidade ao tratamento.

Mingau e a filha Isabella Aglio — Foto: Reprodução/Instagram
Mingau e a filha Isabella Aglio — Foto: Reprodução/Instagram

Como o seu pai está agora e como ele tem respondido ao tratamento?
Os médicos já haviam avisado que a recuperação de uma lesão cerebral é lenta e nunca é igual de uma pessoa para outra. Ou seja, só o tempo mesmo é que irá nos mostrar.  No dia a dia do hospital ele tem tido diversas atividades, como fisioterapia motora e fonoaudiologia, além do uso de órteses nos braços e pernas, para evitar lesões. Temos ainda uma amiga que faz musicoterapia com ele. É bem lúdico. Mas isso não é o suficiente. Ele precisará de reabilitação mais intensiva, em uma clínica especializada.

Você tem acompanhado toda a recuperação do seu pai, desde o tiro, e sido a porta-voz dele. Você teve que abandonar o seu trabalho?
Sou autônoma, faço produção de moda e trabalho como influenciadora. Nos primeiros meses, não conseguia pensar em nada a não ser ficar ao lado dele. Aos poucos, estou tentando voltar. Fico mais tranquila agora porque o estado de saúde dele é estável e porque minha mãe está com ele.

Ele tem interagido mais com você?
Meu pai interage não só comigo, mas com outras pessoas também. Dá risada, chora e, às vezes, fecha a cara e não quer saber de ninguém. Se é normal termos altos e baixos, imagine para ele, que sempre foi muito ativo e agora passa parte do tempo na cama!

Você disse que seu pai vai passar por uma cirurgia de cranioplastia. Quando essa cirurgia será realizada?
A questão da cranioplastia está sendo um tanto tensa. Os médicos quiseram aproveitar a internação e o quadro estável dele para fazer a cirurgia. Mas o convênio negou o uso de prótese feita sob medida, dizendo não estar no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Tivemos que entrar na Justiça e acabamos de receber a liminar. Agora estamos esperando o convênio se manifestar. Daí serão alguns dias para a confecção da prótese e a cirurgia. Acredito que a operação vá acontecer em breve.

Qual a expectativa após essa cirurgia?
Assim que ele tiver se recuperado da cirurgia, vamos para uma clínica de reabilitação. Lá ele deve ter um tratamento mais específico e intenso, com outras terapias, para melhor recuperação motora e cognitiva.  

Há vaquinha para custear o tratamento e algumas ajudas por meio de arrecadação de shows. Isso tem sido suficiente ou vocês precisam de mais ajuda para custear o tratamento?
Quando tudo aconteceu, não tínhamos cabeça para pensar em nada. Só dois meses depois, quando recebemos a cobrança pelos honorários, mais de 300 mil reais. Descobrimos que os médicos não eram do convênio! Daí os amigos sugeriram a vaquinha e o show beneficente. Aliás, agora no dia 23 de maio, acontecerá outro show, o Juntos Pelo Mingau 2, no Tokio Marine Hall, em São Paulo. É uma iniciativa que vai garantir recursos para os cuidados com ele. Temos ainda um longo caminho pela frente, mas, no final, sei que ele vai voltar.

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