Desenvolvimento sustentável é debatido na Assembleia

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Desenvolvimento sustentável é debatido na Assembleia

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Especialistas, alunos, professores e representantes de órgãos ligados ao meio ambiente debateram, nessa segura-feia (05), o tema “Desenvolvimento sustentável é possível?”. A audiência pública foi realizada na Assembleia Legislativa e requerida pelo professor e deputado estadual Allan Kardec (PT).

O parlamentar afirma que o objetivo do evento é fazer do Legislativo protagonista no debate acerca do crescimento econômico e a preservação ambiental. “Esse é um assunto que sempre deve pautar as políticas e, por isso, fazemos esse questionamento de como conciliar ambas as questões”.

Procurador do Estado e deputado-relator do projeto original do Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE) de Mato Grosso, o professor universitário Alexandre Cesar proferiu palestra sobre o tema. Assim como a maioria dos presentes, ele reconheceu a possibilidade de conciliar preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

“Mas temos hoje ampla hegemonia do atual modelo de desenvolvimento. Por isso, é preciso apresentar alternativas para que não fiquemos a reboque dessa proposta concentradora de renda e da terra na mão de poucos”, afirmou Alexandre Cesar, ao lembrar também que a produção calcada nas grandes monoculturas, por exemplo, gera ainda grande impacto ambiental.

Luiz Henrique Noqueli, superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), ressaltou a importância da sociedade na elaboração de modelos alternativos. Ele tem expectativa de que a pasta em breve rediscutirá o projeto de Zoneamento em Mato Grosso. A atual lei teve grande parte suspensa por determinação judicial.

“Precisamos refletir sobre quais políticas públicas estamos fazendo para minimizar os impactos”, completa o vereador Júnior Bedico, de Barão de Melgaço. Ele ainda conclamou a Capital e a cidade de Várzea Grande a reverem o fato de que ambas jogam esgoto sem tratamento direto no rio Cuiabá.

O analista ambiental Augusto César Castilho, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), usou dados para ressaltar a importância financeira da sustentabilidade. “O ecoturismo gerou US$ 260 bilhões, enquanto no Brasil foram apenas US$ 70 milhões. Em 2015, os produtos orgânicos geraram R$ 2,5 bilhões em renda sendo produzidos em apenas 940 mil hectares, enquanto o país tem 240 milhões de hectares. Isso mostra que ainda temos muito potencial de crescimento”.

Para a professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Ivone da Silva a educação ambiental pode ser uma alternativa para a mudança de paradigma e valorização do crescimento sustentável. Na mesma linha seguiu Paulo Wanger Oliveira, representante da Cooperativa Verde Vitória e Instituto Cidade Amiga.

Também foram debatidos temas como uso e ocupação do solo, recursos hídricos, zoneamento e transgênicos.

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