Um crânio de mais de 300 mil anos foi encontrado por pesquisadores na região de Hualongdong, no leste da China. No entanto, o achado não se parece com nenhum outro fóssil de humanos pré-históricos ja encontrado.

Uma equipe de pesquisadores da China, Espanha e Reino Unido foi responsável por desenterrar a mandíbula inferior, junto com outros 15 espécimes. A pesquisa realizada aponta que a ossada pertencia a um ramo desconhecido da4 árvore genealógica dos hominídeos, e é originária do final do Período Pleistoceno Médio.

Cientistas acreditam que esse período foi muito importante no desenvolvimento dos primatas, e gerou diversas ramificações e espécies novas, incluíndo o Homo sapiens.

A descoberta foi publicada no Journal of Human Evolution, em 31 de julho e ganhou o nome de HLD 6. Na pesquisa, os arqueólogos revelam que o crânio não se encaixa em nenhuma classe de animais conhecida, sendo completamente nova e inesperada.

Os pesquisadores teorizam que o HLD 6 deve pertencer a uma classificação que ainda não foi conhecida, por ter características do Homo sapiens e dos denisovanos, ambos ramos evolutívos do Homo erectus.

Mandíbula foi datada de 300 mil anos atrás – Reprodução/Twitter

“O HLD6 não apresenta um queixo verdadeiro, mas tem alguns traços pouco expressos que parecem antecipar essa característica típica do H. sapiens”, disse uma das autoras do estudo, María Martinón-Torres, diretora do Centro Nacional de Pesquisa em Evolução Humana (CENIEH) na Espanha.

De acordo com as analises, é provável que a mandíbula seja de uma criança entre 12 e 13 anos, mas como os pesquisadores não tinham um crânio adulto para comparar, usaram crânios de hominídeos do Pleistoceno Médio e Superior de idade semelhante e adulta.