Audiência Pública debate construção de novas escolas e parque no bairro Pedra 90

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Foto: Ronaldo Mazza/ALMT

Audiência Pública debate construção de novas escolas e parque no bairro Pedra 90

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou na segunda-feira (24), audiência pública na Escola Estadual Malik Didier Namer Zahafi, no bairro Pedra 90, em Cuiabá, para debater a implantação da Escola Estadual Cívico-Militar e a criação do Parque Público no bairro. O evento foi requerido pelo deputado Elizeu Nascimento (PL) que apresentou o projeto de construção de duas escolas, sendo uma militar e outra regular, e ainda, uma praça ao lado Escola Malik Didier.

Foto: Ronaldo Mazza

“A realidade estrutural da Escola Malik Didier não é boa e necessita urgentemente de melhorias. Trata-se de uma obra antiga com problemas hidráulicos e elétricos, há ainda o problema de sujeira com pombos”, apontou o parlamentar.

De acordo com o deputado, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc), informou que a reforma da Malik Didier ficaria em torno de R$ 12 milhões, e mesmo assim, não alcançaria “excelência de qualidade”.

“O investimento na construção de uma nova escola é mais viável, com custo inferior. Com isso, o bairro seria contemplado com a construção de 48 novas salas de aulas, aumentando a disponibilidade de vagas para os alunos em mais de 50%, agregando na construção de duas novas escolas, sendo uma delas, a Tiradentes”, revelou ele.

Segundo Nascimento, o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT) se interessou no andamento do projeto e ao consultar o governador Mauro Mendes (União), deu aval para a construção da escola com 48 salas e também da praça.

Recentemente, o deputado esteve na área que será usada pelo governo do estado para a construção. “Entendo que há necessidade da construção de uma escola nova na região, uma vez que a atual Malik Didier não comporta mais todos os alunos e a estrutura da unidade de ensino está deteriorada”, reafirmou o deputado.

Conforme declaração da secretária adjunta de infraestrutura da Seduc, Karina França Garcia, os recursos já estão assegurados para a construção do Parque da Nascente e duas novas escolas no bairro Pedra 90, sendo uma delas a Escola Tiradentes, disponibilizando 48 novas salas de aulas no total para a população.

“No bairro Pedra 90 temos três escolas em funcionamento, uma delas com um prédio moderno e outras duas com prédios precários que apresentam problemas de infraestrutura visíveis, sendo uma delas a Malik Didier, que precisa ser melhorada. Já havia um planejamento de construção de uma nova escola no bairro, quando a licitação ocorreu na semana passada com espaço para 24 salas”, destacou ela.

Karina Garcia informou que o vice-governador esteve no local e entendeu que seria interessante o governo ampliar o projeto com a construção de duas unidades de 24 salas, e não somente uma, como solicitado.

“Somando a isso, o bairro teria 48 salas de aulas num único complexo, dividido em duas escolas, sendo uma delas a Tiradentes e a outra pública. Assim conseguiríamos resolver o problema de infraestrutura educacional do bairro, sem precisarmos investir em reformas estruturais com valores elevados”, comentou.

Representando o presidente licenciado da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (União), o ex-deputado, João Batista, esclareceu que o projeto apresentado pelo governo é de que a Seduc não alterará o número de vagas já existentes.

“Pelo que tive conhecimento, o governo vai construir outra escola pública e uma especificamente militar, aumentando o número de vagas de alunos. Precisamos sim, não tão somente uma boa estrutura, mas também uma educação de qualidade”, avaliou ele. 

Durante o evento, o governo do estado apresentou o projeto da obra à população. A área fica ao lado da Escola Malik Didier, onde serão construídas as duas novas escolas, sendo cada uma delas com 24 salas de aulas. A área vai disponibilizar um parque com pista de caminhada, bancos e espaço para atividades físicas. Será o primeiro parque na região Sul de Cuiabá nesse porte.

O diretor da escola Malik Didier, Herbson Pereira dos Santos, é favorável a militarização, principalmente, pela questão pedagógica. Segundo ele, as escolas convivem com um problema grande que é a perda da autonomia.

“Em muitas das vezes, temos alunos muito indisciplinados e não podemos fazer nada. Sou a favor da militarização, mas sou contra a derrubada da Escola Malik Didier e construir uma escola militar ao lado”, revelou o diretor.

“Precisamos sim, de uma ampla reforma de reestruturação nesta escola na parte elétrica e hidráulica. O bairro Pedra 90 é uma cidade dentro de Cuiabá. Necessitamos de mais escolas. A iniciativa da Assembleia é muito boa e os políticos precisam ouvir a comunidade vindo até as escolas para conhecer a realidade”, destacou ele.

A professora de geografia, Leslye Poleto, trabalha há um ano na Escola Malik Didier e se posicionou totalmente contrária a implantação da escola militar no local. “Eu vejo a militarização não como um único meio de arrumar ou consertar as partes ineficientes da escola. Eu acredito que ainda há maneiras de se respeitar ou ter disciplina, sendo uma escola regular, com seus professores e diretores. Acho que não tem nada a ver com militarizar, com melhorias de estruturas. Sou a favor de melhorar a estrutura escolar, porém, não sendo um ‘bônus’ receber a militarização junto”, avaliou ela.

Para a técnica em nutrição escolar, Jucemara Barbalho, vó da aluna Julia Vitória, de 11 anos, a militarização seria uma boa iniciativa. “Em primeiro lugar, a segurança dos alunos vai melhorar, e eles vão aprender desde cedo a respeitar os amigos e a educação ao próximo. Aqui no bairro os pais trabalham fora o dia inteiro e as crianças não tem onde ficar. Sou a favor da escola militar, principalmente, se for período integral”, aponta ela.

O presidente do bairro Pedra 90, Marcos Baiano, criticou o projeto apresentado pelo governo. Segundo ele, a proposta de demolição da Malik Didier desagrada a população em geral.

“Para mim, (a proposta) não atende as expectativas dos moradores. Entendo que a escola Malik Didier precisa de uma reforma de qualidade para deixar a estrutura em condições de atender professores e alunos. Sou contra a demolição da escola, o que precisamos é a construção dessas duas novas escolas anunciadas pelo governo e a manutenção da Malik Didier reformada. O regime cívico atende as nossas propostas, porque o Colégio Tiradentes é de qualidade e precisa ser implantado nos bairros de Cuiabá, principalmente, no Pedra 90”, disse ele.

Para o líder comunitário, Mário Benevides, a população do Pedra 90 necessita de uma área de lazer que ofereça boa estrutura aos moradores. “Eu acho que vai ser de bom agrado a construção de duas escolas e o parque público, até porque o Pedra 90 não tem uma área de lazer. Construir o parque da nascente, junto com as duas escolas, vem de encontro com o que a população necessita. Foi feita uma pesquisa e estudo sobre esse projeto e a população gostou”, finalizou ele.

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