A Apple ofereceu nesta quarta-feira (8) ajuda ao FBI para desbloquear o iPhone do atirador da igreja do Texas, nos Estados Unidos, que deixou 26 pessoas mortas. No ano passado, a polícia federal norte-americana recorreu à Justiça porque a empresa recusou destravar um celular usado por um terrorista que matou 14 pessoas na Califórnia.
À frente das investigações, o FBI afirmou que encontrou dificuldades para ter acesso ao celular de Devin Patrick Kelley, o homem que entrou na igreja batista e atirou nos fiéis no domingo (5). Segundo o jornal “Washington Post”, o aparelho é um iPhone.
Em um comunicado distribuído à imprensa, a Apple afirmou:
“Nosso time imediatamente procurou o FBI depois de ouvir em uma coletiva de imprensa terça que os investigadores estão tentando acessar um telefone. Nós oferecemos assistência e dissemos que responderíamos prontamente a qualquer processo legal que eles mandassem.”
A empresa não disse, mas deixou nas entrelinhas que, caso tivesse sido contatada antes, o problema poderia ter sido solucionado mais facilmente:
“Nós trabalhamos com processos legais todos os dias. Nós oferecemos treinamento a milhares de agentes para que entendam nossos aparelhos e como podem rapidamente solicitar informação da Apple.”
Isso porque algumas versões do iPhone podem ser destravadas com impressão digital. O recurso é bastante comum, mas deixa se o celular não for desbloqueado após 48 horas. Depois disso, é preciso inserir a senha para ter acesso.
Kelley, de 26 anos, morreu por um tiro disparado por ele mesmo em seu veículo de fuga, onde autoridades encontraram duas pistolas, disse Freeman Martin, porta-voz do Departamento de Segurança Pública.