Dólar opera em alta após três quedas seguidas

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crise econômica pode trazer oportunidades de investimento, avalia especialista

Dólar opera em alta após três quedas seguidas

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O dólar opera em alta nesta quarta-feira (25), após ter fechado em queda na véspera pelo terceiro pregão consecutivo. O Banco Central anunciou após o fechamento dos negócios da véspera que não renovará o programa de oferta diária de swaps cambiais além de 31 de março. O BC se compromenteu, porém, a renovar integralmente os contratos que vencem a partir de 1º de maio, "levando em consideração a demanda pelo instrumento e as condições de mercado".

Por volta das 9h50, a moeda norte-americana avançava 0,48%, a R$ 3,1425 para venda, depois de chegar a subir 1,33% nos primeiros negócios.

Nesta manhã, o BC ofertará até 2 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólar, com vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de março de 2016. o BC fará ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 61% do lote total.

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,57% frente ao real, a R$ 3,1275 para venda. Na mínima da sessão, a divisa chegou a ser negociada a R$ 3,0924.

De acordo com a agência Reuters, a divisa trocou de sinal pelo menos oito vezes durante o pregão, com investidores ponderando as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, sobre o programa de intervenções da autoridade monetária no câmbio.

Nas três últimas sessões, a divisa acumulou queda de 5,13%.

Fim do programa

O fim do programa de oferta diária de swaps cambiais (que funcionam como uma venda futura de dólares) pode significar mais pressão de alta sobre o dólar, que vem operando nos maiores patamares em mais de 10 anos.

Segundo o Banco Central, os leilões de venda de dólares com compromisso de recompra "continuarão a ser realizados em função das condições de liquidez do mercado de câmbio".

"Sempre que julgar necessário, o Banco Central do Brasil poderá realizar operações adicionais por meio dos instrumentos cambiais ao seu alcance", diz o BC em nota.

Desde agosto de 2013, o órgão trabalha com o compromisso de recompra da moeda, para conter o avanço do dólar frente ao real. Os leilões diários de "swaps cambiais" funcionam como venda de divisas no mercado futuro, além de venda de dólares com compromisso de recompra. O objetivo é fornecer "hedge" (proteção contra a flutuação cambial) ao mercado e evitar maiores pressões sobre o câmbio.

No início, a oferta diária era de 10 mil contratos de swaps cambiais e leilões semanais de venda de dólares com compromisso de recompra, os chamados leilões de linha. No ano passado, contudo, o BC reduziu a oferta diária para 4 mil contratos de swaps, ou o equivalente a US$ 200 milhões, e acabou com os leilões de linha regulares.

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