Ferrovia Bioceânica deve estabelecer nova geografia econômica no Brasil, diz senador

Redação PH

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"não votarei a favor de aumento de impostos enquanto o governo e o próprio senado não cortarem gastos"

Ferrovia Bioceânica deve estabelecer nova geografia econômica no Brasil, diz senador

O senador Wellington Fagundes (PR-MT) defendeu a implantação da Ferrovia Bioceânica como essencial para a integração do Brasil a partir da criação de uma nova geografia econômica. Foi durante reunião da Frente Parlamentar Mista do Transporte Ferroviário, com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, quando se definiu uma agenda de trabalho para acelerar entendimentos visando avançar no projeto, incluído no Programa de Investimento em Logística do Governo Federal.

“Essa ferrovia é viável em todos os aspectos. Do ponto de vista econômico, ela cortará de Leste a Oeste – uma das regiões de maior produção de grãos do Brasil, que é Mato Grosso. Será fundamental para a nossa economia. E ainda vejo nesse empreendimento condições estratégicas de integração e desenvolvimento do país” – disse o senador republicano.

A ferrovia Transoceânica, como também é conhecida, começa no litoral do Rio de Janeiro, passa pelos Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e cruza o Acre até a fronteira do Peru, para fazer a ligação com o Pacífico. O custo da obra está estimado em 30 bilhões de reais.

O ministro Nelson Barbosa voltou a reafirmar, por sua vez, a confiança no projeto. “É um projeto realista, pé no chão, com valor estratégico” – disse ele aos senadores e deputados presentes no encontro. Ele explicou que o plano é seguir um traçado saindo da cidade de Campinorte – Goiás, seguindo por Lucas de Rio Verde e Sapezal, no Estado de Mato Grosso, passando por Rondônia e Acre, até chegar ao Peru.

Há ainda uma convenção de que independente da ligação com o Pacífico, os trechos brasileiros, como o de Sapezal a Porto Velho (RO), por exemplo, são importantes para o escoamento de grãos no país e já justificam as obras.

Wellington destacou que existe uma forte convergência de interesses. Lembrou que a saída para o Pacífico é um projeto fundamental para aproximar o Brasil da região com o crescimento mais rápido do mundo: a Ásia. Para o Peru, facilitaria o transporte de produtos que chegam pelo Atlântico e de outros que são negociados com países da América do Sul. Para a China, haveria uma redução no custo de transporte da produção agrícola e mineral importada dos países latino-americanos.

Durante a reunião foi criado um canal de interlocução entre deputados e senadores que integram a Frente Parlamentar Mista e o Ministério do Planejamento para sincronia de uma agenda de trabalho. Nesse sentido, a pedido do senador Wellington, ficou definido também a participação do Ministério do Planejamento e dos parlamentares da Frente nos debates conjuntos a serem realizados pelas comissões de Infraestrutura, Relações Exteriores e Desenvolvimento Regional do Senado para tratar especificamente da ferrovia.

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