Piquet relembra antiga rivalidade e diz que “Senna sempre foi um piloto sujo”

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Piquet relembra antiga rivalidade e diz que “Senna sempre foi um piloto sujo”

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Para comemorar a 30ª edição do GP da Hungria, a organização da prova, disputada no último domingo, convidou Nelson Piquet, que era todo sorrisos, dando volta na pista ao lado de Bernie Ecclestone. Mas a coisa ficou séria, quando lembrou da prova inaugural do circuito de Hungaroring e da ultrapassagem sobre Ayrton Senna.

“Você viu toda a ultrapassagem? Você viu as duas voltas anteriores? Olhando com calma, na primeira vez eu tento por dentro, e ele me empurra para o lado sujo da pista. E na segunda vez ele tenta fazer o mesmo. Mas ao invés de ir para a direita, eu coloco de lado pela esquerda e ele não esperava isso”, relatou ao repórter da BandNews FM Luis Fernando Ramos, em seu blog no site "UOL".

O tricampeão da Fórmula 1 aproveitou para criticar o comportamento de Senna na pista e explicar porque mostrou o dedo do meio para o compatriota, logo após a ultrapassagem.

“Ele sempre foi muito sujo na sua carreira. Ganhou o campeonato de F-3 porque ele bateu no Martin Brundle, em Brands Hatch, na última corrida, acabou com o carro em cima. Fez o mesmo com Prost em 90 para ganhar o campeonato. Eu não concordo com isso. No automobilismo, você precisa ser limpo. Quer ser campeão? Tudo bem. Mas precisa ser limpo. Ele não era limpo na pista. Foi por isso que mostrei o dedo do meio para ele”, completou.

Piquet x Mansell

Piquet lembrou que além de Senna, também teve desentendimentos com o britânico Nigel Mansell, justamente quando os dois eram companheiros de equipe na Williams.

“Era uma equipe inglesa e muita gente ali queria ver um piloto inglês campeão. Eu era um piloto experiente, entrei na Williams e fiz todo o desenvolvimento do carro e também do motor, com o conhecimento que eu trouxe da BMW. No final, assinei um contrato de primeiro piloto. Mas aí Frank Williams teve o acidente, quebrou a espinha e estava no hospital. O problema dele era muito maior que o meu”, disse.

O brasileiro conta foi obrigado a tumultuar o ambienta na Williams para evitar o favorecimento ao companheiro de time e rival.

“Perdemos o campeonato em 1986 por causa disso e poderia ter acontecido o mesmo em 87. Mas eu tinha só um probleminha comparado com o do Frank. O que eu fiz foi criar um ambiente turbulento dentro dos boxes, para não sentar na mesma mesa que Nigel. O que foi difícil, pois eu tinha de ganhar meus mecânicos e meus engenheiros para o meu lado. Foi um campeonato mais político do que técnico. Por isso que eu deixei a Williams no final do ano. Acabou sendo um grande erro, mas o clima lá era muito ruim”, concluiu.

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