Wellington pede democratização das salas de cinema e fortalecimento da produção regional

Redação PH

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Wellington pede democratização das salas de cinema e fortalecimento da produção regional

O senador Wellington Fagundes (PR-MT) defendeu a democratização das salas de cinemas no Brasil, de forma a permitir que a população de baixa renda tenha acesso às produções cinematográficas “como fator de enriquecimento cultural”. O pedido foi encaminhado ao diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Sérgio Henrique Sá Leitão Filho, durante sabatina na Comissão de Educação. Indicado pelo Governo, Sérgio Henrique Leitão teve o nome aprovado em plenário para recondução ao cargo.

Em nome dos cineastas e produtores audiovisuais de Mato Grosso, Wellington Fagundes também encaminhou questionamentos sobre a necessidade de fortalecimento da produção regional. Ele considerou importante que se garanta 30% dos recursos da Ancine e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, prevista na Lei do Audiovisual.

Durante a sabatina de Sérgio Henrique, o senador de Mato Grosso ainda tratou do programa “Brasil de Todas as Telas” e dos arranjos regionais que juntam recursos federais com recursos estaduais e municipais para os editais. “Isso trouxe resultados muito bons para Mato Grosso, que começou a retomar sua produção audiovisual depois de um período de poucos investimentos” – observou, ao pedir a reafirmação do compromisso de manutenção do programa.

Além disso, cobrou do diretor da Ancine uma maior contribuição no processo de distribuição das obras audiovisuais dos Estados periféricos e no fortalecimento para manutenção e criação de salas de cinema "de rua", em uma luta contra as grandes cadeias que limitam a presença de obras nacionais. Ele ainda sugeriu, por fim, maior rigor na fiscalização para o cumprimento da chamada "Lei do Curta", que garante a exibição de curtas-metragens antes dos longas.

Sérgio Sá Leitão disse que o setor audiovisual vive um momento positivo, com uma taxa de crescimento no Brasil de 8%. De acordo com ele, nos 15 anos de existência da Ancine, o Brasil passou de 29 para 143 filmes brasileiros lançados por ano nos cinemas; de 8% para 14% de participação na bilheteria; de 1,6 mil para 3,1 mil salas de cinema; de 91 milhões para 190 milhões de ingressos vendidos para todos os tipos de filmes; de 3,5 milhões para 19 milhões de assinantes de TVs pagas; e de dois milhões para 165,5 milhões de acessos a conteúdos audiovisuais em banda larga.

O indicado afirmou ainda que pretende melhorar a atuação da Ancine, dando a ela mais eficiência e transparência. Disse que a Ancine deve ampliar e aperfeiçoar sua política de fomento, buscando a sustentabilidade das empresas do setor. A agência, em sua opinião, deve também incentivar a produção regional, ter menos burocracia e apostar nas novas tecnologias para impulsionar as produções audiovisuais.

Em resposta aos cineastas e produtores audiovisuais, o diretor da Ancine afirmou inclusive que pretende incentivar a criação de cinemas em comunidades, periferias e em cidades onde ainda não há salas, buscando uma democratização do audiovisual. Por fim, Sérgio Sá Leite assegurou que defenderá que ao menos 5% do FSA sejam empregados em uma política nacional de preservação e conservação de filmes, por meio da Cinemateca Nacional.

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