Vadão lembra trio do Barça e diz que Marta não tem que “resolver” sozinha

Redação PH

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Vadão lembra trio do Barça e diz que Marta não tem que “resolver” sozinha

Vadão quer tirar a pressão das costas de Marta. O objetivo do treinador é que a responsabilidade seja conjunta e não recaia sobre a camisa 10 o papel de resolver as partidas. O comandante brasileiro lembrou o Barcelona para exemplificar e o famoso tridente formado por Messi, Suárez e Neymar. A função do time é preparar os lances para que aí sim a jogadora garanta o sucesso final e não passar a bola, esperando que a capitã faça tudo sozinha.

– O que nós queremos é que a estrutura tática da equipe ajude a Marta a decidir os jogos. Se você lembrar do Barcelona, por exemplo, o time que eu particularmente mais admiro, a estrutura do Barcelona faz com que Messi, Neymar e Suárez decidam os jogos porque eles têm estrutura. A bola está lá toda hora. Então, nós não podemos fazer com que a Marta ganhe os jogos. Nós temos que fazer com que a equipe faça a Marta decidir os jogos. É bem diferente do que ficar sempre jogando toda a responsabilidade na Marta. A responsabilidade tem que ser coletiva. Aí sim, com a habilidade e a técnica que ela tem, ela tem condições de decidir os jogos para nós. Agora, não podemos sempre sobrecarregar ela. Eu acho que hoje, principalmente no primeiro tempo quando o jogo estava 0 a 0, a gente fez uma partida tática muito boa e levamos a vitória já no primeiro tempo – disse Vadão.

A próxima missão do Brasil é encarar o Canadá pela terceira rodada do Torneio Internacional de Natal. O jogo ocorre na quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), na Arena das Dunas – o GloboEsporte.com acompanha em tempo real. Desde o começo da competição, Vadão classifica o adversário como o mais difícil. Mas ele ressalta. A Seleção precisa superar seus próprios defeitos e erros e não pensar em adversário.

– Desde o início eu falei que teoricamente o jogo mais difícil seria o Canadá. Às vezes, na prática, isso não acontece, mas a tendência é essa. Mas não é Canadá, México ou Trinidad e Tobago. Nós temos um planejamento para a Olimpíada. Temos então que tentar nesse período até lá superar nossas limitações e fazer com que a equipe jogue melhor do que está jogando hoje. Temos que superar nossos defeitos e nossos erros. Temos tempo para isso para que na Olimpíada tenhamos uma chance maior. Temos então que pegar o que achamos que precisamos melhorar e que realmente tem que acontecer essa melhora.

Sobre a goleada de 6 a 0 diante do México no domingo, o técnico salientou o sucesso em uma jogada que já havia sido feita diante da Nova Zelândia, em amistoso em São Paulo há alguns dias. Para ele, o encaixe do lance em alta velocidade foi decisivo, pois deu tranquilidade à equipe.

– Nós que facilitamos o jogo. Começamos a partida já fazendo uma jogada de saída que fizemos inclusive contra a Nova Zelândia no Pacaembu e quase fizemos o gol e fizemos o pênalti e conseguimos o 1 a 0. Sabíamos que o México nos primeiros minutos joga com muita intensidade e pressão. Evitamos isso. Jogamos em alta velocidade, penetramos várias vezes e fizemos 4 a 0 com uma rapidez muito grande. Acho que nós provocamos um placar melhor. Quando nós jogamos no Pan foi um jogo muito difícil. Um 4 a 2 muito difícil. Deixamos agora o jogo mais tranquilo no nosso comportamento.

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