Vacina de Oxford deve imunizar contra Covid-19 por 1 ano, diz presidente da AstraZeneca

Foto: CDC/Unsplash

Vacina de Oxford deve imunizar contra Covid-19 por 1 ano, diz presidente da AstraZeneca

A potencial vacina contra o coronavírus da AstraZeneca deve fornecer proteção contra a infecção por aproximadamente um ano, segundo o presidente da empresa, Pascal Soriot, à estação de rádio da Bélgica Bel RTL nesta terça-feira.

A farmacêutica britânica já iniciou os testes em humanos da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. O estudo de fase 1, no Reino Unido, está prestes a ser concluído e um estudo de fase 3 – que inclui testes em humanos – já foi iniciado, afirmou ele à emissora. “Acreditamos que ela irá proteger por cerca de um ano”, disse Soriot.

No sábado (14), a AstraZeneca informou que assinou contratos com França, Alemanha, Itália e Holanda para fornecer até 400 milhões de doses da vacina em potencial à União Europeia.

A empresa também fechou acordos com o Reino Unido e os Estados Unidos. “Se tudo correr bem, teremos os resultados dos ensaios clínicos em agosto/setembro. Estamos fabricando em paralelo. Estaremos prontos para entregar a partir de outubro, se tudo correr bem”, complementou.

Testes no Brasil

O Brasil entrou de vez na rota dos grandes estudos para o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2, com o anúncio de que uma candidata desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, será testada no país sob coordenação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

A vacina ChAdOx1 nCoV-19 é considerada uma das mais promissoras para frear a pandemia e é fruto de uma parceria entre a instituição britânica e a empresa italiana de biotecnologia Advent-IRBM, que produziu as doses para os testes no Reino Unido

A candidata chega ao Brasil na fase 3 do estudo clínico, quando será avaliada principalmente sua eficácia para imunizar humanos contra o coronavírus. Em entrevista à ANSA, a professora Lily Yin Weckx, coordenadora do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) da Unifesp, disse que as doses começarão a ser aplicadas em junho, provavelmente na segunda ou terceira semana do mês.

De acordo com Weckx, o estudo no Brasil envolverá pelo menos 2 mil adultos entre 18 e 55 anos, prioritariamente profissionais de saúde ou pessoas “com risco aumentado de exposição à Covid”, como funcionários de limpeza e seguranças de hospitais ou motoristas de ambulâncias.

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