O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump planeja se entregar e ser processado na quinta-feira (24), em Atlanta, capital do estado americano da Geórgia, após ser acusado de tentar reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020. Em sua rede social Truth Social, ele descreveu a acusação como um esforço político para inviabilizar sua campanha à reeleição.
Nesta segunda-feira (21), Trump aceitou uma fiança de US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão) e outras condições de liberdade para aguardar o julgamento em liberdade. Entre as condições determinadas pelo juiz Scott McAfee estão a proibição de usar as redes sociais para ameaçar envolvidos no caso.
O processo criminal é o quarto aberto contra Trump este ano, mas, desta vez, as condições de liberação descritas são mais extensas do que as estabelecidas nos demais processos. Nos casos anteriores, as condições para a libertação do ex-presidente após a prisão e julgamento pendente foram meramente rotineiras.
Em uma acusação de 98 páginas revelada na semana passada, Trump e 18 outros réus foram acusados de um total de 41 acusações criminais relacionadas aos esforços para reverter a derrota do republicano nas urnas. Pelo fato de o processo correr na Justiça estadual, este pode ser o que mais pesa sobre ele, no médio prazo. Mesmo que eleito presidente, Trump não teria como se auto-indultar ou nomear um procurador-geral que arquivasse o caso.
