Saúde realiza capacitação sobre hanseníase para profissionais da Rede SUS de Várzea Grande

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Saúde realiza capacitação sobre hanseníase para profissionais da Rede SUS de Várzea Grande

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Mais de 300 profissionais da Rede SUS de Várzea Grande, das Atenções, Primária em Saúde, secundária e Terciária, vão participar de uma capacitação sobre hanseníase, avaliação dermatoneurológica e neurológica. O curso terá a parceria da Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso e do Centro Universitário-Univag, com carga horária de 40h.

Participarão do curso médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde (ACS), que atuam nas Unidades de Estratégia da Saúde da Família, das Upas e do Hospital e Pronto Socorro. A capacitação ocorre entre os dias 10 a 14 de abril, no Univag, a partir das 8h com encerramento previsto para cada dia às 17h, e tem como objetivo qualificar profissionais da saúde para realizar o diagnóstico e tratamento precoces da hanseníase no município.

Segundo o superintendente de Atenção Primária à Saúde, Geovane Renfro, a ação integra a equipe de Educação Permanente da Saúde Municipal, que subsidia os profissionais de saúde que atuam na Rede de Atenção Básica.

“É importante atualizar conhecimentos para a abordagem do paciente de hanseníase, com a capacitação. Com isso esperamos contribuir para a busca ativa de pacientes com a doença, iniciando o tratamento o mais precocemente possível, visando a cura e evitando incapacidades físicas (comuns em casos avançados da doença). Os primeiros atendimentos de uma pessoa acometida pela hanseníase são realizados na Atenção Primária, ou seja, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). É por meio dessas unidades que ocorre o diagnóstico e tratamento. Quando o caso se agrava, acontece resistência medicamentosa ou é identificada alguma incapacidade física em razão do diagnóstico tardio, o paciente é encaminhado para as unidades especializadas. As graves consequências para os portadores e seus familiares, não só podem ocorrer pelas lesões que os incapacitam fisicamente, mas pelas repercussões psicossociais, em decorrência de preconceitos, medos e rejeições por parte da sociedade. As incapacidades físicas nos olhos, nas mãos e nos pés podem ser evitadas ou reduzidas, se os portadores de hanseníase forem identificados e diagnosticados o mais rápido possível, tratados com técnicas simplificadas e acompanhados nas questões psicossociais que os serviços de saúde já podem oferecer na atenção básica”, explicou Geovane Renfro.

O secretário Municipal de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, disse que a hanseníase como sendo uma doença infecciosa, crônica, tem grande relevância para a saúde pública. “É importante resgatarmos alguns conceitos, levando isso para os profissionais da saúde. A doença tem uma incidência muito grande no Brasil, sabemos que o resultado é muito subnotificado, o paciente tem a doença, mas demora para identificar, podendo ficar com sequelas. As ações preventivas, promocionais e curativas que vêm sendo realizadas com sucesso pelas equipes de Saúde da Família, em nosso município, já evidenciam um forte comprometimento com os profissionais de toda a equipe, com destaque nas ações do agente comunitário de saúde, que vive e vivencia, em nível domiciliar, as questões complexas que envolvem a hanseníase. Este comprometimento, no entanto, exige que a população seja informada sobre os sinais e sintomas da doença, que tenha acesso fácil ao diagnóstico e tratamento e que os portadores de hanseníase possam ser orientados e amparados juntamente com a sua família durante todo o processo de cura. Exige, assim, profissionais de saúde capacitados para lidar com todos esses aspectos. O Ministério da Saúde, também é nosso parceiro nesta luta, quando disponibiliza profissionais capacitados para qualificar nossos profissionais”, disse Gonçalo de Barros.

O objetivo maior da capacitação é além de preparar profissionais de saúde para atuarem no controle da transmissão da hanseníase também o de diminuir as incapacidades causadas pela doença. Nesse contexto, o curso ressalta a importância do diagnóstico oportuno e do efetivo controle de contatos. O curso é dividido em três unidades: vigilância, diagnóstico e acompanhamento da hanseníase na Atenção Básica. O conteúdo conta também com casos clínicos transversais, que abrangem e integram os aspectos de controle da doença, e a avaliação dermatoneurológica e neurológica.

Sinais e sintomas: Merecem atenção manchas no corpo, com alteração de sensibilidade; dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas; caroços e inchaços pelo corpo, podendo, em alguns casos, ser avermelhados ou doloridos. Em caso de identificação de alguns dos sintomas, a recomendação é a avaliação clínica em atendimento de saúde. Quanto mais precoce é o diagnóstico, maior a chance de prevenir sequelas físicas. A transmissão ocorre pelo contato próximo e prolongado com pessoas doentes sem tratamento.

A Hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a doença atinge, de forma majoritária, a pele e nervos periféricos, fazendo com que o paciente perca, por exemplo, a sensibilidade térmica, dolorosa e tátil.

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