Rondonópolis em Mapas: Um Olhar na Cartografia da Identidade Urbana Local

Picture of Roberto Barcelos/Unemat

Roberto Barcelos/Unemat

Rondonópolis em Mapas: Um Olhar na Cartografia da Identidade Urbana Local.
Foto: Roberto Barcelos

Rondonópolis em Mapas: Um Olhar na Cartografia da Identidade Urbana Local

Em meio ao acelerado crescimento de Rondonópolis, o contabilista Vilmar Souza de Oliveira empreende uma relevante jornada para desvendar e catalogar o intricado mosaico urbano da cidade. Com afinco e dedicação, ele se propõe a mapear não apenas os bairros que compõem a diversidade local, mas também suas intricadas redes de ruas. Este trabalho meticuloso, além de ser uma proeza cartográfica, revela-se como um recurso de inestimável valor para diversos setores da cidade.

Esse projeto, ainda em fase de pesquisa, promete enriquecer o conhecimento e a eficiência em diferentes âmbitos da vida urbana de Rondonópolis. Nasceu de uma necessidade quando Vilmar trabalhava em determinado setor de um órgão público, acompanhando as leis que criavam os bairros para encaminhar atualizações aos Correios.

Apaixonado por números, estatísticas e história, mesmo após deixar o cargo nessa função, continuou a explorar e acompanhar o Diário Oficial do município, transformando isso em um hobby nas horas vagas. “Percebi que há um grande número de alterações de nomes de logradouros e descobri que muitos bairros, oficialmente, têm nomes diferentes do que são conhecidos. Como exemplo, a Vila Operária, o bairro mais antigo nos documentos oficiais, fundado em 28 de dezembro de 1955, está registrado como Vila Operária São José, e ainda não encontrei, até o momento, a denominação de distrito”, afirma Oliveira.

Segundo ele, que é filho de pioneiros de Rondonópolis, há muito a ser levantado, e o trabalho é árduo. Rondonópolis hoje tem em torno de 326 a 340 bairros a serem minuciosamente pesquisados. Ele busca a lei que aprovou o bairro e as leis que alteraram os nomes das ruas para fazer cruzamentos com dados dos Correios, já que na criação de loteamentos, as ruas são numeradas e só depois nomeadas através de projetos de leis aprovados pela câmara municipal.

“Pretendo, a princípio, criar um livro eletrônico para consultas, contendo mapas dos bairros, aprovações de loteamentos, uma breve explicação sobre por que são bairros, residenciais, vilas, parques, etc. Incluir também as leis de criação, as alterações feitas e os referidos CEPs, um histórico completo. No entanto, à medida que avanço, novas ideias surgem, e quem sabe possa encontrar parceiros interessados em investir para que seja formatado e apresentado de maneira diferente”, destaca.

Outra curiosidade salientada por Vilmar refere-se ao Parque Sagrada Família, fundado em 1985: “As pessoas não imaginam onde ele começa, a área de abrangência e onde termina. A escola Renilda Silva Moraes, consta em buscas como estando no bairro Coophalis, mas na verdade está no início do Sagrada Família, que margeia toda a avenida Júlio Campos, atravessa a avenida dos Estudantes e dentro do seu território abriga outros bairros e residenciais”, revela ele.

A iniciativa de Vilmar Oliveira transcende a mera catalogação de bairros e ruas; é um verdadeiro tributo ao entendimento profundo da história urbana de Rondonópolis. Seu empenho, agora transformado em projeto, não apenas preenche uma lacuna de informações essenciais, mas também resgata a identidade dos lugares, revelando peculiaridades muitas vezes esquecidas. A busca por parcerias não apenas demonstra a magnitude do trabalho, mas também sinaliza a possibilidade de transformar esse conhecimento em uma ferramenta acessível a todos, contribuindo para uma compreensão mais rica e completa da cidade que se reinventa a cada dia.

Veja também: Rondonópolis recebe loja sustentável do Boticário, feita com resíduos plásticos

Fique por dentro de todas as matérias na íntegra, acompanhe o Instagram e Twitter do Primeira Hora.

+ Acessados

Veja Também