Pela terceira vez consecutiva, os projetos de Lei que tramitam na Câmara de Vereadores e tratam dos novos organogramas de algumas secretarias do município foram retirados da pauta pelo líder do prefeito na Câmara, Reginaldo dos Santos (PSB).

Os projetos estavam em discussão na Câmara há mais de 21 dias. A retirada da pauta foi estratégica, pois Reginaldo percebeu que o Executivo não teria votos suficientes para aprovar a proposta. Atualmente, a Oposição domina a Câmara com 14 dos 21 votos. Nas duas ocasiões anteriores, a medida foi retirada justamente por falta de apoio.

A medida ganhou contornos de polêmica, principalmente devido à interpretação da oposição de que a proposta resultaria na criação de 160 novos cargos na estrutura administrativa da prefeitura.

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Por outro lado, o líder do prefeito nega essa possibilidade. “Não é verdade que esses projetos vão aumentar os cargos na prefeitura. É uma narrativa que estão tentando construir”, afirmou ele. Reginaldo ainda explicou que na Secretaria de Educação, por exemplo, existem cargos comissionados que estão vagos.

No entanto, o vereador Roni Magnani, que agora se posiciona na oposição ao prefeito Zé do Pátio, não se convenceu com a declaração de Reginaldo. “Não dá para defender o indefensável”, disse ele. “No início do mandato, é compreensível que o gestor queira ajustar a estrutura organizacional. Mas como justificar para a sociedade e para os vereadores que, faltando 45 minutos para o fim do mandato, esses projetos com modificações e criações de cargos não são uma medida eleitoreira, mas sim uma tentativa de promover uma reestruturação organizacional?”, questionou Magnani.