Projeto Paz e Segurança na Comunidade Escolar extrapola barreiras e leva palestras sobre prevenção ao suicídio para escolas e empresas de Várzea Grande e Cuiabá

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Projeto Paz e Segurança na Comunidade Escolar extrapola barreiras e leva palestras sobre prevenção ao suicídio para escolas e empresas de Várzea Grande e Cuiabá

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Ao longo de todo este mês, o projeto Paz e Segurança na Comunidade Escolar, da Guarda Municipal de Várzea Grande (GMVG) e da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel), focou suas atividades no Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, com palestras que atingiram diretamente a quase 500 pessoas em escolas e empresas de Várzea Grande e de Cuiabá.

A expansão do projeto é fruto do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela coordenadora, a pedagoga Márcia Oliveira, que ministra as palestras. Ao longo do mês, ela esteve nas empresas CROIF Odontologia Diagnóstica, L3A Instalações e Projetos (ambas em Cuiabá), na Escola Estadual Porfíria Paula de Campos e na Escola Municipal Joaquim da Cruz Coelho (em Várzea Grande) e, em parceria com a empresa Expecta Engenharia, proferiu palestras aos trabalhadores que atuam em obras e serviços de manutenção nas Escolas Estaduais Dione Augusta Silva Souza, Djalma Ferreira de Souza e Maria Luiza Moreira e na Assembleia Legislativa, todas em Cuiabá.

Nas palestras, a profissional ressaltou a gratidão como forma de levar a vida. Abordou os prejuízos que o uso de drogas lícitas e ilícitas pode causar, incentivou o amor próprio, o autorrespeito e a empatia. “A gente precisa saber quem é o outro, conhecer a história de vida do outro pra gente não ficar julgando. Empatia não é só se colocar no lugar do outro”, enfatizou, ao explicar que os colegas de trabalho precisam manter relações interpessoais em que possam se conhecer melhor, no intuito de apoiar uns aos outros e poder se disponibilizar quando o colega não consegue pedir ajuda.

Acostumada a conscientizar adolescentes nas escolas, a pedagoga aproveitou as palestras com os trabalhadores para alertá-los sobre a necessidade de estarem atentos aos filhos, passando tempo de qualidade com a família e sem a interferência de celular. “Os jovens não têm maturidade para resolver os problemas, como relacionamento com os pais. Infelizmente, hoje não existe mais diálogo entre os familiares, é só o celular. É crítico isso! A gente precisa perceber quando nosso colega de trabalho, colega de sala, nosso familiar está em estado depressivo. Vocês que são pais precisam prestar mais atenção nessas crianças porque geralmente elas não conversam com vocês, elas conversam com o coleguinha da escola. Então é preciso estar atento”, orientou Márcia.

Ao final da explanação, houve um bate-papo com os participantes. Alguns expuseram situações vividas e tiraram dúvidas, por exemplo, sobre como identificar os sinais da depressão e como pedir ajuda. No debate, foi reforçada a importância do diálogo no ambiente de trabalho como forma de manter o bom convívio entre os colegas, pois é onde a maioria das pessoas passa maior parte do tempo. Além disso, foi indicado reservar mais momentos para autocuidado e lazer com a família.

O encarregado de obra da Expecta Engenharia, Manoel Eduardo de Amorim, classificou a oportunidade de refletir sobre a saúde mental como “excepcional”. “A gente trabalha em um ambiente muito vulnerável, de pressão de todos os lados. O serviço demanda agilidade e, às vezes, não atingir as metas diárias gera uma frustração para todos, infelizmente. Esse momento tira o foco dessa pressão toda e a gente vê que a vida não é só aquilo, vê que a vida é independente de tudo isso”, comentou.

De acordo com o técnico em Segurança do Trabalho da Expecta, Jailson Januário da Silva, a maioria dos funcionários são homens, que raramente buscam ajuda médica ou psicológica, o que pode impactar na saúde mental e, consequentemente, na produtividade e nas relações interpessoais no ambiente de trabalho. Foi esse diagnóstico que o motivou a convidar o projeto Paz e Segurança a levar a mensagem do Setembro Amarelo para os colaboradores. “A questão da saúde mental influencia muito. O funcionário quando está triste, depressivo, ele trabalha de uma forma. E eles não procuram um psicólogo, um psiquiatra, só em último caso. Por isso nós buscamos conversar e orientar”, afirma.

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