Professores participam de formação com foco em práticas educativas em Direitos Humanos

Redação PH

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Professores participam de formação com foco em práticas educativas em Direitos Humanos

Mais de 60 professores da rede estadual de ensino participaram, em Cuiabá, de uma formação com foco nos métodos e práticas educativas em Direitos Humanos.

Conforme Lucas de Albuquerque Oliveira, da Superintendência de Diversidades Educacionais da Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc), a intenção é dar subsídios teóricos e pedagógicos aos formadores, que são responsáveis em multiplicar os conhecimentos aos professores de Mato Grosso.

“Nosso objetivo é implementar as políticas públicas para as diversidades educacionais, atuando com a legislação vigente e presente das unidades. Além disso, preparar os educadores para trabalhar com situações de conflito, por exemplo, como o racismo, a LGBTfóbia, xenofobia e outros”, disse.

Os profissionais que participaram da ação são lotados nos Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefapros), instalados em 15 municípios polos de Mato Grosso.

O evento é realizado pela Seduc, em parceria com o programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que possui vasta experiência com diversidades educacionais.

Compromisso

Uma das participantes é a professora formadora Serlene Ana, do município de Diamantino (208 km a Médio-Norte de Cuiabá). Ela que atua há 17 anos na rede estadualpossui experiência nas áreas da Educação do Campo e Indígena.

“É muito importante, principalmente no atual momento, discutir diversidades educacionais e direitos humanos, já que vivemos uma situação delicada no país, onde todos os dias, pessoas estão perdendo seus direitos. Estamos vivenciando situações de ódio, xenofobia, homofobia e tantas outras fobias”, frisou.

Para a educadora, a formação mostra que a Seduc está demonstrandocompromisso em fortalecer as políticas de diversidades educacionais. Ela lembra ainda que, mesmo faltando professores que atuem diretamente nessas áreas, o trabalho é uma responsabilidade de todos.

“Precisamos intensificar uma formação mais humana, para que nossos professores entendam, que acima de qualquer situação, o respeito pelo ser humano é mais importante que a sua religião, sexualidade, raça, etnia”, finalizou.

Desafio

O superintendente de Diversidades Educacionais da Seduc, Admilson Assunção, lembra que o desafio, principalmente em tempos de conflitos, é resgatar o que é universal. “Todos têm direitos. Está além da raça, da orientação sexual, crença, nacionalidade, etc. e é importante fortalecer isso com os formadores da Seduc”.

Para o educador, a educação é o caminho superar qualquer obstáculo. “A escola é o local da diversidade, é onde estão e afloram todas as diferenças e os Direitos Humanos precisam estar ali, garantindo que os alunos sejam respeitados e tenham seus direitos garantidos”.

O professor Lucas Albuquerque lembra que a superintendência se depara hoje com muitos casos de discriminação étnico-racial e contra LGBTs nas escolas. “Temos trabalhado para o enfretamento do racismo e da LGBTfobia nas escolas, principalmente deste último, tendo em vista o aumento da violência contra essa comunidade”, afirmou.

O trabalho do setor abraça todo o Estado. “Onde existem necessidades, estamos presentes. Trabalhamos com orientativos, formações, aplicação da legislação, acompanhamento, diálogos e palestras”.

Admilson acrescenta que as unidades escolares podem procurar a Seduc para orientação. “A superintendência existe e está aqui para apoiar as escolas e os alunos. Os professores pedem por ações voltadas aos Direitos Humanos e vamos continuar intensificando essa forma de atuação”, finalizou.

A Superintendência de Diversidades Educacionais abraça a Educação Especial, Indígena, Jovens e Adultos, do Campo, Ambiental, Quilombolas, Étnico-racial, LGBTs e outros.

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