Com a presença do CEO da Rumo Logística, Beto Abreu; do prefeito Zé Carlos do Pátio; do Ministro de Infraestrutura Marcelo Sampaio; do Governador Mauro Mendes, deputados e senadores as obras da primeira ferrovia estadual do país, que segue a partir de Rondonópolis, vai a Cuiabá e segue por 730 quilômetros até a cidade de Lucas do Rio Verde(MT), na região médio norte do estado, começaram de forma oficial.
Beto Abreu explicou que em três anos, a primeira fase do projeto deve estar concluída, que compreende o trecho entre Rondonópolis a Campo Verde. Ele ainda adiantou que essa etapa deve custar mais de R$ 4 bilhões.
A expectativa é finalizar o projeto até 2029, quando os trilhos devem chegar a Lucas do Rio Verde, no norte do Estado.
Por se tratar de uma parceria público-privada constituída por uma autorização de exploração por 35 anos, o empreendimento que será totalmente custeado pela iniciativa privada, tem um prazo de 8 anos para ser concluído (2030).
A primeira etapa da obra, compreende a construção já iniciada de um viaduto ferroviário de 110 metros de extensão sobre a BR-163, mais precisamente no KM 8,6, seguindo por mais 35 km até as margens do Rio Vermelho, onde será construída uma ponte-férrea de cerca de 1 km de extensão. Essa parte do projeto é importante para a logística de prosseguimento das obras ao longo do trecho traçado.
O projeto se constitui de dois ramais: ambos saindo de Rondonópolis. Um ramal vai até a capital Cuiabá e outro vai a Campo Verde, e chega a Lucas do Rio Verde, que vai se integrar a malha ferroviária nacional chegando ao porto de Santos (SP).
Segundo os levantamentos, o projeto prevê a construção de 22 pontes, 25 viadutos verdes para a travessia de animais selvagens; cinco passagens inferiores e um túnel de com cerca de 2km de extensão.
Beto ainda lembrou que o empreendimento que terá um custo de R$ 11,2 Bilhões e quatro frentes de trabalho simultâneas, vai gerar cerca de 200 mil empregos, sendo 100 mil diretos e 100 mil indiretos, mais precisamente na cadeia de suprimentos disposta ao longo dos 27 município cortados pelo traçado da ferrovia.
O governador Mauro Mendes destacou que apesar do crescimento da malha ferroviária no Estado, com esse projeto e outros, a cidade de Rondonópolis, não deve e nem vai perder o protagonismo regional.
O prefeito Zé Carlos do Pátio explicou que o Estado tem sido parceiro do município, neste momento de preparação para o futuro como no projeto de recuperação do antigo anel distrito industrial.
Ele ainda parabenizou a iniciativa da parceria público privada e disse que torce para o desenvolvimento do estado como um todo. E falou sobre a continuação da ferrovia, com o prosseguimento da linha férrea. “O município já está se estruturando para o prosseguimento da ferrovia, e já está se reinventando para garantir a estabilidade da sua economia nesse momento. É muito importante o prosseguimento da ferrovia para o desenvolvimento do estado de Mato Grosso, para reduzir o preço das commodities e fazer com que os custos de produção caiam e possamos ser mais competitivos no mercado. Mas nós precisamos avançar e intensificar as políticas de agregação de valores e a industrialização da cidade de Rondonópolis”, ressaltou o prefeito.
Se dizendo muito agradecido, ele chegou a citar que as duas maiores industrias de óleo de soja do país estão sediadas em Rondonópolis, bem como diversas outras.
Pátio ainda falou aos presentes que a partir do ano que vem, vai criar mais um distrito industrial na cidade, pois já existem pelo menos 300 empresas interessadas em se instalar e agregar valor ao município e ao estado.
MINISTRO
O ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio, elogiou o desprendimento e a iniciativa da comunidade política do estado que se mobilizou e encontrou alternativas legais por intermédio da Assembleia Legislativa do Estado, onde os deputados aprovaram a lei que está permitindo a parceria que está criando a primeira ferrovia estadual do pais, e vai trazer muito desenvolvimento para o estado, bem como deverá ser copiada por outros estados que já demonstraram interesse em criar suas próprias ferrovias estaduais como está fazendo o Mato Grosso.