Prefeitura de Saquarema “torra” R$ 40 milhões com empresa “fantasma”

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Prefeitura de Saquarema “torra” R$ 40 milhões com empresa “fantasma”

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Um escândalo de R$ 40 milhões começa a repercutir no estado do Rio de Janeiro. A Comissão de licitações da Prefeitura de Saquarema autorizou a compra de equipamentos de informática de uma empresa que apresenta uma série de irregularidades.

A compra do material é resultado do Pregão de nº 023/2022, que foi publicado no Diário Oficial do Município de Saquarema no último dia 7 de abril. Um dos problemas é o Indício de manobra e fraude pela empresa vencedora do certame. O caso envolve até o uso de um atestado falso de capacidade técnica.

O escândalo veio à tona depois que a empresa Thinc Gov Tecnologia foi declarada vencedora do Pregão. Recurso apresentado à Comissão de Licitação mostra que a empresa não teria capacidade técnica e nem financeira para ser vencedora.

Uma contradição que a Comissão de Licitação deixou passar foi em relação às datas apresentadas. A Thinc Gov Tecnologia teria sido fundada em novembro de 2021, porém, em abril do mesmo ano, segundo documento da própria empresa, ela já operava no mercado, sete meses de existir.

Além disso, a farra da licitação não para por aí. A empresa teria passado seis meses sem qualquer movimentação financeira, saltando, sem qualquer comprovação, de um capital social de R$ 500 mil para R$ 5 milhões.

Outro ponto que causa estranheza é o endereço da empresa. Segundo os registros da Junta Comercial do Rio de Janeiro, a sede da Thinc Tecnologia é Rua Ataulfo de Paiva, 734, Apartamento 503, no Leblon. Não há endereço comercial (foto).

No recurso protocolado junto à Comissão de licitações, uma foto da Fachada da empresa “fantasma”, mostra que na verdade, a sede é em um prédio residencial e não de conjuntos comerciais.O endereço é na Ataulfo de Paiva, 734, apartamento 503, no Leblon.

O Ministério Público será acionado para apurar precisa o caso. Uma manobra que foi realizada, segundo o recurso, que causa prejuízo aos cofres públicos, está relacionada ao histórico da empresa vencedora.

O Tribunal de Contas do Estado também foi comunicado sobre as irregularidades no processo licitatório. Caso o orgão comprove todas as denúncias, o Pregão pode ser anulado e os responsáveis processados.

O valor do contrato, quase R$ 40 milhões, que poderia ser usado para a construção de inúmeras obras como creches, escolas ou posto postos médicos em favor do povo fluminense, aponta o recurso.

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