Quando chamou todos os prefeitos do Estado para conversar, o governador Mauro Mendes chamou para si a responsabilidade de ações mais duras de enfrentamento da pandemia. Mauro já publicou dois decretos num intervalo de 15 dias, com várias medidas para tentar conter o avanço da contaminação.

Mas o próprio já reconheceu que até agora, pouco do que foi feito apresentou os resultados esperados. Teoricamente, neste momento os prefeitos também deveriam entrar no jogo, e chamar o setor produtivo para conversar. É nítido que o decreto estadual com várias flexibilidades não vai conseguir frear o avanço da doença em cidades polos, que recebem pessoas de fora diariamente.

É aí que entram os gestores municipais e seus comitês de crise. Esses grupos estão fazendo sua parte, mas os prefeitos deixam a desejar e como.

Pelos lados da região sudeste, dos dez municípios com maior número de casos de Covid-19 aparecem Primavera do Leste e Rondonópolis. Não custa lembrar que a cidade de Rondon tem a terceira maior população do Estado e é a segunda no ranking de contaminação. Já são 21.647casos positivos. Mas até o momento, não existe uma movimentação por medidas drásticas, por parte do município.

O prefeito José Carlos do Pátio, que na primeira onda do vírus chamou no “peito” a responsabilidade e enfrentou parte da sociedade mudou o perfil. Dessa vez, Zé escalou seu staff para falar da crise sanitária. Depois que foi eleito, o gestor praticamente não foi visto concedendo entrevista sobre. Enquanto isso seguimos com UTIs em superlotação e com uma macabra fila de espera, pessoas andando sem qualquer proteção em áreas públicas, aglomerações em bancos, órgão públicos e muita falta de respeito com quem deseja sorrir para a vida.