Prefeito de Caracas é preso por promover golpe

Redação PH

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Prefeito de Caracas é preso por promover golpe

O prefeito de Caracas, o opositor Antonio Ledezma, foi detido por ordem da Procuradoria por promover um golpe de Estado na Venezuela – declarou o presidente Nicolás Maduro, nesta quinta-feira.

"O senhor Ledezma, que no dia de hoje foi detido por ordem da Procuradoria, deve ser processado pela Justiça venezuelana para que responda por todos os crimes cometidos contra a paz do país, a segurança e a Constituição", afirmou Maduro, referindo-se a uma suposta tentativa de golpe, já anunciada por ele há alguns dias.

Antonio Ledezma foi preso por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), informaram a mulher do político e fontes da oposição venezuelana.

"Levaram Antonio Ledezma com violência (…) Chegaram destruindo tudo que encontravam pelo caminho. Não deram nem tempo de falar", denunciou a mulher do prefeito, Mitzy Capriles de Ledezma, à "Unión Radio".

Segundo Mitzy, "vários" homens do Sebin, com o rosto coberto, apareceram no gabinete do prefeito para prendê-lo. Ao deixarem o prédio, os agentes "atiraram várias vezes para o alto" para dispersar a multidão que se aglomerou, continuou Mitzy.

O advogado de Ledezma, Omar Estacio, disse à mesma emissora que "não foi apresentado um mandado de prisão".

"Toda minha solidariedade para o prefeito Ledezma diante dessa inesperada detenção!", escreveu em sua conta oficial no Twitter o prefeito do município metropolitano de Caracas (leste), Ramón Muchacho, também da oposição.

Cerca de meia hora antes do anúncio de sua prisão, o próprio Ledezma alertou no Twitter sobre a chegada dos agentes. "Meu gabinete vai ser revistado neste momento por vários policiais do regime", tuitou.

Ledezma, de 59 anos, é um dos veteranos da oposição venezuelana, já tendo atuado como senador, deputado e governador do antigo Distrito Capital (Caracas).

Ele foi eleito em 2009 e reeleito em 2013 como prefeito de Caracas, região que reúne cinco municípios metropolitanos. Suas funções foram severamente restringidas pelo governo central da Venezuela.

O presidente Maduro acusou Ledezma – ao qual se refere como "El Vampiro" – de ser um dos promotores das manifestações contra o governo que varreram o país entre fevereiro e maio de 2014. As passeatas terminaram com 43 mortos.

Maduro também denunciou o prefeito pelo envolvimento na estratégia conhecida como "la salida", que teria como objetivo derrubar o presidente. O centro da estratégia seria a promoção de multitudinários protestos na ruas.

Seu principal promotor, Leopoldo López, outro líder da oposição, está há um ano detido, sob a acusação de incitar a violência.

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