Pesquisa da USP vai usar células-tronco para tratar cães paraplégicos

Redação PH

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Pesquisa da USP vai usar células-tronco para tratar cães paraplégicos

Uma pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), campus de Pirassununga, criou um projeto para ajudar cães paraplégicos. O tratamento consiste na aplicação de células-tronco e o objetivo, segundo a mestranda Jéssica Rodrigues Orlandin, de 24 anos, é fazer com que os animais recuperem os movimentos.

De acordo com a pesquisadora, o tratamento, que em uma clínica poderia chegar a R$ 3 mil, será oferecido de graça e a expectativa é de que os resultados sejam notados em três meses.

Seleção

A pesquisa está no processo de seleção de cães. Os animais escolhidos vão passar por exames clínicos e ressonância magnética para comprovar que sofrem de hérnia toraco-lombar, problema capaz de impedir a movimentação e causar o descontrole de urina e fezes, e em seguida receberão a aplicação de células-tronco.

“Essa hérnia comprime a medula espinhal e impede que o comando do cérebro chegue até as patinhas. As células-tronco podem amenizar a inflamação local e repor as células nervosas para que, assim, ocorra o retorno dos estímulos nervosos e o cãozinho volte a poder andar”, explicou.

“Acredito muito nessa terapia por ter resultados fantásticos, estou muito otimista. Eu acompanho animais paraplégicos e sei o quanto é difícil para os proprietários, já que o animal requer mais cuidado", afirmou Jéssica.

Outros métodos

A pesquisadora explicou que existem outros métodos, chamados de "conservativos", que englobam fisioterapia, acupuntura, ozônioterapia e o uso de medicamentos, mas eles não funcionam em todos os animais. “O método conservativo consegue controlar e reverter só em 50% dos casos. Até o momento, a terapia celular se mostrou mais eficaz que os outros métodos”, disse.

Tratamento

De acordo com a veterinária, as células utilizadas são retiradas da placenta de cadelas que deram cria. “Algumas empresas vendem células retiradas da gordura, mas as nossas, que são da placenta de cadelas, conseguem se transformar mais facilmente e rapidamente do que as da gordura, de modo que são mais eficientes. Já foram feitos testes em outros animais e os resultados foram bem positivos”, explicou Jéssica.

A veterinária afirmou ainda que os cães participantes deverão continuar sendo acompanhados mesmo depois dos três primeiros meses, já que os testes são iniciais e a cura definitiva não é comprovada.

Cadastro

Os interessados em participar do processo de seleção podem entrar em contato com a veterinária pela página do projeto ou pelo e-mail [email protected].

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