A possibilidade de impedimento da presidente da República, Dilma Roussef, deixa as ruas e começa ganhar corpo na Câmara dos Deputados. Nesta quinta-feira (10), líderes dos partidos de oposição lançam um movimento pró impeachment. O ato deve acontecer as 11h no Salão Verde da Câmara, espaço em que as pessoas do povo podem se encontrar com seus representantes, onde os jornalistas têm acesso irrestrito aos políticos, e onde os políticos fazem seus projetos e opiniões chegarem ao grande público, conforme definição da própria Câmara.

O movimento é encabeçado pelo PSDB, DEM, PSC, PP e Solidariedade mas vai buscar insatisfeitos até mesmo entre parlamentares cujos partidos façam parte da base de sustentação da presidente, mas que estão insatisfeitos com os rumos do governo.

O deputado Nilson Leitão, vice-líder do PSDB disse que o movimento deve forçar uma resposta do presidente da Casa, Eduardo Cunha, sobre os diversos pedidos de impeachment que já protocolados.

“É o início para essa caminhada a favor do Brasil e a favor da saída da presidente Dilma, do seu impedimento. Isso sem sombra de dúvidas forçará o presidente Eduardo Cunha a colocar em pauta os pedidos de impeachment já protocolados na casa”, salientou.

Segundo o setor de protocolo da Câmara, somente este ano foram protocolados 16 pedidos de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Um dos pedidos foi protocolado por um jovem advogado de Cuiabá. O mais rumoroso deles, no entanto, chegou ao setor de protocolo assinado por ninguém menos que Hélio Bicudo, conhecido jurista brasileiro e fundador do Partido dos Trabalhadores.

O movimento pró impeachment dos partidos de oposição deve encampar o pedido de Bicudo não apenas pelo embasamento jurídico, mas sobretudo pelo “gancho” de ter um fundador de partido contra um filiado que ocupa o mais alto cargo do País.
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Do total de pedidos de impedimento protocolados na Câmara, cinco foram arquivados por descumprirem os critérios estabelecidos pela Lei 1079, a chamada Lei do Impeachment.