No Abril Azul, Semed lança projeto com foco no autismo

No Abril Azul, Semed lança projeto com foco no autismo
ALTEMAR ALCANTARA / SEMCOM

No Abril Azul, Semed lança projeto com foco no autismo

Dois de abril é evidenciado no calendário como Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo. Aproveitando o mês dedicado ao debate sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Secretaria Municipal de Educação (Semed) lança, no dia 10 de abril, às 13h30, na Escola Sagrado Coração de Jesus, o projeto Pingo de Gente: como a criança com TEA aprende na educação infantil.

Na Rede Pública de Ensino de Rondonópolis, conforme a gerente da Divisão de Educação Especial e Diversidade da Semed, Neuzeli Fuza, há 106 alunos com TEA, sendo 42 da educação infantil.

“O projeto consiste em contribuir para um melhor conhecimento sobre o autismo, favorecendo mudanças de posturas e ações que proporcionem o desenvolvimento global da criança”, comenta Neuzeli. Ela especifica que a proposta é executar estratégias de trabalho pedagógico a partir das capacidades de cada aluno e fomentar a construção de escolas verdadeiramente inclusivas.

Desenvolvido em três unidades de educação infantil do município, onde há uma quantidade significativa de crianças autistas, o projeto envolve professores, estagiárias, funcionários das escolas e familiares. Vão abrigar as ações os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis Maria Severina da Silva e Widisney Aparecido e a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Elaine Aparecida de Oliveira Lopes.

Palestras, vídeos, estudo de textos, dinâmicas e relatos de experiências são algumas atividades do programa através do qual a Semed busca criar um espaço de trocas de ideias e busca de soluções para os obstáculos encontrados pelos pais e professores ao lidarem com crianças autistas. “Os pais têm dificuldade de acharem escolas preparadas, com professores habilitados para trabalharem com seus filhos”, aponta a gerente.

Já em relação aos professores, os principais desafios ocorrem nos aspectos que ficam comprometidos no estudante com espectro autista, como assinala Neuzeli: “As áreas prejudicadas na criança com autismo são as aptidões sociais e a comunicação verbal e não verbal. Ocorrem também inadequações comportamentais. Assim, elas têm dificuldades em interpretar os sinais sociais e apresentam interesses restritos. Como essas características são diferenciadas daquelas existentes nas demais crianças com as quais os professores estão acostumados a trabalhar, esses profissionais necessitam de formação específica para atender as demandas advindas dessas peculiaridades”.

O projeto acontece de abril a novembro, com encontros semanais voltados para os diretores das unidades de educação infantil. “Nosso foco é oferecer um ensino significativo a todas as crianças com autismo matriculadas na educação infantil da rede municipal, sempre respeitando o direito de todos a uma educação de qualidade”, ressalta a gerente.

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