Nesta terça-feira (17.01), foi mais um dia de baixa do preço do frango vivo. No interior paulista ele recuou cinco centavos e as negociações foram realizadas por R$2,60/kg. Em Minas Gerais a queda foi mais sensível, de 10 centavos. Com isso, a cotação do produto retrocedeu para R$2,65/kg.
Nas duas praças, esses são os menores valores alcançados pelo frango vivo em mais de 200 dias, ou seja, desde o início de junho de 2016. Mas, então, estava em curso um processo de recuperação de preços que só culminou em agosto, quando as cotações chegaram a R$3,45/kg em Minas Gerais e a R$3,25/kg em São Paulo. Agora, o preço paulista é 20% menor e o mineiro 23% inferior.
É verdade que em relação a passados 12 meses o preço da principal matéria-prima do frango, o milho, retrocedeu aproximadamente na mesma proporção. Mas isso não se aplica a todos os insumos necessários à produção do frango. Além disso, no momento, o preço máximo recebido pelo produtor se encontra entre 7% e 9% aquém do registrado há um ano.
De toda forma, não há nada de anômalo nesse comportamento: é marcha típica de todo janeiro, praticamente sem exceção. Mesmo assim, não há como ignorar que a situação é mais grave que em anos anteriores.
Para comprovar basta observar que, pela curva sazonal de preços do frango vivo, nos últimos 22 anos (1995/2016) o preço médio registrado em janeiro ficou cerca de 3% acima da média alcançada no ano anterior.
Em 2016 o frango vivo (base: interior paulista) foi negociado, em média, por R$2,89/kg, enquanto a média registrada nos primeiros 17 dias de janeiro de 2017 está em R$2,77/kg e mantém tendência de baixa. Quer dizer: por ora, o frango vivo se encontra a cerca de 96% da média do ano anterior. E isso se encontra quase 7% aquém do que deveria ser alcançado pela curva sazonal.