A Promotoria de Justiça Criminal de Água Boa está decidida a contestar a sentença que condenou Carlos Alessandro Nonato Anesesque a seis anos e seis meses de prisão por homicídio simples cometido contra sua esposa em novembro de 2014, antes da instituição da qualificadora do feminicídio. O recurso, a ser protocolado no Tribunal de Justiça, almeja um acréscimo de pelo menos dois anos à pena. O réu passou pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (16), em Água Boa.
Conforme o Ministério Público, o réu assassinou a esposa e, para despistar as autoridades policiais, alegou que ela teria cometido suicídio ao pular do carro em movimento. A denúncia destaca que Carlos Alessandro Nonato Anesesque conduziu a vítima ao hospital, onde o médico plantonista, desconfiado das lesões incompatíveis com a narrativa do réu, comunicou o caso à polícia. O crime ocorreu na ausência de testemunhas.
O policial que atuou na ocorrência, em seu depoimento em juízo, afirmou que a guarnição da polícia foi acionada pelo médico que atendeu a vítima, uma vez que as lesões encontradas nela não eram compatíveis com o narrado pelo acusado. Destacou que o réu teria afirmado que a vítima se jogou do carro em movimento, mas ela não apresentava nenhuma escoriação no corpo, tendo apenas lesões na região da cabeça”, ressaltou o MP/MT.