Lei Kandir: Wellington cobra participação de prefeitos e agilidade da Câmara

Lei Kandir: Principal mobilizador, Wellington cobra participação de prefeitos

Lei Kandir: Wellington cobra participação de prefeitos e agilidade da Câmara

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Reconhecido como um dos principais líderes da pauta municipalista no Congresso Nacional, o senador Wellington Fagundes (PR-MT) pediu nesta terça-feira, 7, a prefeitos e governadores.

Que intensifiquem a mobilização junto ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que ele coloque em votação o Projeto de Lei 511/2018, que regulamenta a Lei Kandir.

A norma trata de compensações pela desoneração de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) concedida aos Estados exportadores de produtos primários e semielaborados.

O PLS, relatado por Fagundes na Comissão Especial Mista do Congresso, prevê a elevação da compensação para R$ 39 bilhões ao ano. Desse total, 25% cabe aos municípios.

“Só quem faz a gestão direta do município sabe a importância desses recursos para fechar as contas e garantir o pagamento de importantes segmentos de trabalhadores, como professores e profissionais da saúde”.

“Mas o Congresso é um caldeirão que precisa de fogo e pressão. E vocês, prefeitos, são capazes de fazê-lo”, ressaltou o senador.

Junto ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, também nesta terça-feira, Wellington recebeu novamente a garantia de que o projeto será posto em votação no Plenário do Senado tão logo seja aprovado na Câmara.

Na Comissão de Infraestrutura da Casa, ao lamentar que o governador Pedro Taques não tem comparecido no Parlamento para pressionar sobre o tema, o senador pediu ao governador do Pará, Simão Jatene, que ajude a intervir junto ao presidente da Câmara.

Na manhã do mesmo dia, Fagundes participou da Mobilização Municipalista realizada na sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, que discutiu a pauta prioritária de projetos em tramitação nas casas legislativas.

As mudanças na Lei Kandir, realizadas com base na reconhecida falta de regulamentação dos repasses é considerada essencial para o reequilíbrio do chamado “Pacto Federativo”.

Em uma decisão, o Supremo Tribunal Federal determinou que agosto deste ano é o prazo máximo para que o Congresso Nacional edite lei complementar definindo o cálculo das transferências para fins de compensação de ICMS pela desoneração nas exportações.

Findado o prazo, o Tribunal de Contas da União (TCU) é quem fica com a prerrogativa de tratar do assunto.

Na Mobilização Municipalista, o senador Wellington pediu a formação de uma comitiva de prefeitos para uma reunião com o ministro Gilmar Mendes, da Suprema Corte, que relatou a matéria.

“Essa é uma responsabilidade do Congresso Nacional e não podemos abrir mão da prerrogativa” – disse.

Na ocasião, o republicano voltou a destacar a importância dos quase R$ 10 bilhões anuais previstos somente para as prefeituras. Desses, R$ 1,5 bi são destinados aos municípios de Mato Grosso.

Estima-se que, em 20 anos, os repasses efetuados pela União cobriram apenas 17,8% do total das perdas, que podem ter chegado a R$ 548,7 bilhões.

O presidente em exercício da CNM, Glademir Aroldi, adiantou que o grupo já pensa em indicar rubricas para contribuir com o Governo nesses repasses, mesmo sabendo que as transferências são de obrigação única da União.

Outra bandeira defendida pela CNM  é a aprovação do projeto de lei 461/17, que aguarda inclusão na pauta do Plenário da Câmara e busca facilitar o recolhimento do Imposto sobre Serviços  (ISS) nos municípios.

São cerca de R$ 6,6 bilhões distribuídos entre as cidades, em uma luta de mais de cinco anos. Mato Grosso ficará com cerca de R$ 800 milhões.

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