Gilberto Luiz de Rezende é réu pelo assassinato de sua ex-esposa e de mais uma pessoa irá a júri nesta terça-feira

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Foto: Reprodução

Gilberto Luiz de Rezende é réu pelo assassinato de sua ex-esposa e de mais uma pessoa irá a júri nesta terça-feira

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No último sábado (02), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em apoio ao Núcleo de Defesa da Vida do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, realizou a prisão de Gilberto Luiz de Rezende no município de Paranatinga. A ação contou com a participação de dois agentes do Gaeco, oito policiais militares da Força Tática do Comando Regional de Rondonópolis e quatro policiais militares da Força Tática Regional de Primavera do Leste. O réu foi localizado em uma fazenda no Distrito de Santiago do Norte, onde tentou fugir pela mata antes de ser capturado.

A 1ª Vara Criminal de Rondonópolis designou o julgamento de Gilberto Luiz de Rezende para esta terça-feira (05) pelo Tribunal do Júri. Ele é acusado de ser o autor intelectual dos crimes de homicídios qualificados contra Marciana Siqueira da Silva, sua ex-esposa, e Ewandro Carlos Satelis, ocorridos no ano de 1997.

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso alerta para o risco de prescrição dos crimes devido a diversas manobras adotadas pela defesa ao longo do processo. Segundo informações nos autos, a primeira sessão plenária para o julgamento foi marcada para dezembro de 2009, sendo redesignada para maio de 2010 após a renúncia da defesa. Subsequentemente, outras tentativas de julgamento foram frustradas por exceções de suspeição, atestados médicos e falta de quórum.

Em setembro de 2016, Gilberto Luiz de Rezende foi condenado a 28 anos de reclusão em regime inicial fechado, porém, a defesa obteve liberdade provisória através de um habeas corpus. O Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso anulou o júri alegando violação à plenitude de defesa, mas o Superior Tribunal de Justiça cassou essa decisão, mantendo a condenação. Após diversos recursos, a defesa conseguiu que o réu fosse submetido a novo júri, inicialmente marcado para 16 de outubro deste ano.

Entretanto, devido a requerimentos da defesa para substituição de testemunhas, o julgamento foi redesignado algumas vezes. Na última tentativa em 21 de novembro de 2023, o advogado que representava o réu se recusou a realizar o júri, levando à aplicação de multa e prisão preventiva do réu. A sessão foi novamente redesignada para esta terça-feira (05).

No intervalo entre as tentativas de julgamento, a defesa impetrou habeas corpus, substituindo a prisão preventiva por medidas cautelares. Contudo, devido ao descumprimento dessas medidas, a prisão preventiva foi decretada novamente em 21 de novembro. O Ministério Público solicita que o réu seja julgado nesta terça-feira, alertando para o risco de prescrição dos crimes.

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