Fisiatria: entenda o que é e como contribui para a reabilitação

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Fisiatria: entenda o que é e como contribui para a reabilitação

Praticamente todo ser humano já passou ou vai passar em algum momento de sua vida por quadros médicos incapacitantes, sejam eles simples ou complexos. É dentro desse espectro que trabalha o fisiatra, médico especialista em prevenir, diagnosticar e tratar as enfermidades que atingem os sistemas muscular, nervoso e osteoarticular – de traumatismo craniano e dor crônica a acidente vascular cerebral, abrangendo uma ampla gama de quadros médicos. Doenças relacionadas aos nervos, articulações, músculos e ossos, e que podem causar incapacidade permanente ou temporária são o centro do olhar desse profissional.

A fisiatria, também chamada de Medicina Física e de Reabilitação, tem como objetivo trazer melhora para a vida dos pacientes, ajudando-os a retomar a capacidade funcional. É uma especialidade relativamente nova: só foi assim reconhecida no Brasil a partir da década de 1950. A fisiatria ganhou amplitude no mundo após o período da Segunda Guerra Mundial, por conta da quantidade de soldados que voltavam das batalhas com lesões graves, amputações e outros problemas físicos.

O essencial papel da fisiatria na reabilitação

O médico fisiatra pode atuar tanto individualmente quanto como parte de equipes multidisciplinares, dependendo do quadro que se apresenta. É ele quem diagnostica e também quem indica ao paciente tratamentos e procedimentos diversos, o que inclui desde medicamentos até psicoterapia, acupuntura, indicação de órteses e próteses, fisioterapia, e demais abordagens que sejam necessárias para tratar o caso.

Segundo o médico especialista em fisiatria e acupuntura Marcus Yu Bin Pai, colaborador e pesquisador em Acupuntura do Grupo de Dor no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. “O médico fisiatra, além de se preocupar com uma paralisia (paraplegia, tetraplegia), por exemplo, também procurar avaliar os danos e consequências que esta lesão pode prejudicar a qualidade de vida do paciente, fazendo correções, avaliando e prescrevendo meios auxiliares de locomoção”, explica.

Um ponto bastante interessante é o foco dado à saúde do paciente nessa especialidade. Para o fisiatra, o olhar integral à qualidade de vida inclui não apenas cuidar da incapacidade física ou da dor em si, mas também do bem-estar global do doente.

Mas, afinal, quais doenças entram no escopo de tratamento da fisiatria? Quando é necessário buscar este profissional? Fibromialgia, dores ciáticas, dores de coluna, tendinites, dores crônicas, bursites, artroses, LER/DORT, hérnia de disco, doença pulmonar crônica, entorses, dor neuropática e insuficiência cardíaca estão entre as enfermidades tratadas pela especialidade. Condições de alta complexidade como as sequelas do acidente vascular cerebral, câncer, paralisias cerebrais, amputações, fraturas, doenças degenerativas (como o Mal de Parkinson), lesões medulares e traumatismo crânio-encefálico também fazem parte da lista.

O tratamento com o médico fisiatra traz uma busca pela reabilitação máxima possível dentro das possibilidades do quadro clínico, cuidando do paciente não só na chamada fase aguda – quando a doença ou a lesão está acontecendo – mas também na fase de recuperação, até que haja o restabelecimento ou a adaptação, mesmo nos casos em que a cura completa não é possível.

A fisiatria ainda está em crescimento e desenvolvimento no país, e o conhecimento sobre a especialidade vai aumentando conforme pacientes, médicos e a comunidade em geral compreende a importância da reabilitação e a amplitude do conceito de normalidade aplicado a cada paciente, independentemente do tipo de caso.

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