Exame descarta morte de menina de 2 anos por leishmaniose em MT

Redação PH

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Exame descarta morte de menina de 2 anos por leishmaniose em MT

A Secretaria Municipal de Saúde de Sinop, a 503 km de Cuiabá, divulgou hoje (19) a informação de que a menina de 2 anos e meio, Julia Meurer, não morreu por Leishmaniose, como se suspeitava. A causa da morte, que ocorreu no dia 6 de outubro, foi descartada pelo resultado de exames feitos com o material colhido da menina.

Segundo a Secretaria de Saúde de Sinop, uma nova doença passa a ser investigada, a Histoplasmose, que tem sintomas muito semelhantes à Leishmaniose e é transmitida por um fungo encontrado nas fezes de pássaros e morcegos.

Primeira suspeita foi de que Julia tivesse
Leishmaniose (Foto: Arquivo pessoal)

Um novo exame, que chegará na semana que vem, deve comprovar se essa foi a real causa da morte de Júlia.

De acordo com o padrinho da menina, Marcos Serafini, um primeiro exame feito pela família já comprovou que a causa da morte foi a Histoplasmose desde o dia 9 de outubro. Ele diz que o médico explicou que, durante o tempo seco, as partículas desse fungo vão para o ar e o organismo da maioria das pessoas o combate sem tratamento. “Algumas pessoas precisam de tratamento. No caso da Julia, ela não tinha capacidade imunológica para combater o fungo e não sabemos se é algum fator genético”, diz.

Ele afirma que se o caso dela tivesse sido descoberto desde o início já se saberia que a doença era irreversível. Segundo o padrinho, os pais da criança ainda estão muito abalados. Ele acredita que é difícil saber de onde ela pegou o fungo. “Morcegos e pássaros, pombos, estão em todos os lugares. Ela já tinha ido para o sítio também. Perto da casa dela e da avó dela tem pombos, isso não tem como saber”, comenta.

O caso

A família procurou atendimento médico em dois hospitais particulares de Sinop quando a menina estava com febre. A criança ficou 10 dias internada em uma enfermaria e mais 10 dias internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Uma criança também apresentou os mesmos sintomas que Júlia, no entanto recebeu alta. Com os inchaços e saúde piorando, a família passou a acreditar que não se tratava de algum tipo de virose ou pneumonia.

Com as chances maiores de ser a doença, Julia passou a fazer um tratamento contra leishmaniose. “O tratamento levava mais de 10 dias para apresentar um resultado. Ela teve hemorragia e não resistiu. No dia que ela morreu ela iria começar a fazer hemodiálise, pois os rins tinham parado de funcionar. Pelo que vimos tudo leva a crer que seja leishmaniose, pois várias outras suspeitas foram descartadas”, afirmou o padrinho.

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