Esquizofrenia é mais frequente entre refugiados, diz estudo

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Esquizofrenia é mais frequente entre refugiados, diz estudo

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Os refugiados têm um risco muito maior do que o resto da população de sofrer de psicose grave como a esquizofrenia, devido a suas experiências traumáticas. É é o que diz um estudo publicado nesta terça-feira (15) o "British Medical Journal" (BMJ).

Em uma população de referência de 10 mil pessoas, 12 novos diagnósticos de esquizofrenia são feitos a cada ano entre os refugiados, em comparação com 8 entre os imigrantes que não são refugiados e 4 da população local.

A esquizofrenia é uma doença mental grave que se manifesta pela perda de contato com a realidade e geralmente aparece na adolescência ou início da idade adulta.

O estudo foi realizado pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, e a University College London (UCL) durante 13 anos entre de 1,3 milhão de adolescentes nascidos em 1984 constantes do registo nacional sueco.

Os registros médicos de jovens suecos nascidos de pais suecos foram comparados com os de imigrantes refugiados e não refugiados do Oriente Médio, do Norte e África subsaariana, Ásia, Europa Oriental e Rússia.

"O aumento significativo do risco entre os refugiados mostra que experiências de vida são um fator de risco significativo para o desenvolvimento da esquizofrenia e outras psicoses", disse Anna-Clara Hollander, do Instituto Karolinska.

Grupo vulnerável

Expostos a perseguições, guerra e desastres naturais "os refugiados são notavelmente um grupo vulnerável, (porque) são confrontados com muitos desafios econômicos, físicos e mentais", reitera James Kirkbride, do departamento de psiquiatria da UCL.

A esquizofrenia requer tratamento precoce e especializado, enquanto na maioria dos países de acolhimento os refugiados "só estão sujeitos a exames de saúde básicos" que poderiam "pôr de lado problemas de saúde mental", dizem os pesquisadores.

O estudo foi limitado aos dados anteriores a 2011 e não se refere aos recém-chegados à Suécia, incluindo muitos imigrantes que fugiram do conflito sírio.

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