Eleito senador em 2020, Carlos Fávaro toma posse

Carlos Fávaro (ao centro), já ocupava cadeira de senador de forma interina desde abril. Ele ocupava vaga deixada por Selma Arruda, cassada pela Justiça Eleitoral, que determinou a realização de novas eleições - Jefferson Rudy/Agência Senado

Eleito senador em 2020, Carlos Fávaro toma posse

Carlos Fávaro (PSD-MT) tomou posse no cargo de senador nesta terça-feira (15). Ele venceu a eleição suplementar, realizada no dia 15 de novembro deste ano, com 371.857 votos (25,97% do total). O parlamentar já ocupava uma cadeira de senador de forma interina desde abril, quando assumiu a vaga no Senado deixada por Selma Arruda, cassada pela Justiça Eleitoral. Ele terá mais seis anos de mandato.

Fávaro felicitou a oportunidade de assumir o cargo de senador da República pela segunda vez no mesmo ano. Ele declarou que sofreu a mesma penalidade de quem cometeu um crime eleitoral, a de ter os seus votos anulados, mas saudou a expressiva votação que o reconduziu à Casa legislativa.

—Talvez os números da eleição não reflitam a eleição difícil que tivemos em Mato Grosso, mas tenham a certeza de que trabalhei muito, sem descanso. Levei ao povo de Mato Grosso uma mensagem dos sete meses que vivi aqui nesta Casa, uma mensagem de comprometimento desta Casa com o povo brasileiro neste momento de pandemia. Vivi aqui nesses sete meses e tenho a certeza da união de todos os colegas para superarmos os desafios que o Brasil e o mundo vivem nesta pandemia — ressaltou.

O senador afirmou que vai trabalhar “pelas reformas que o Brasil precisa” — a reforma tributária, a reforma administrativa — e vai continuar lutando pela regularização fundiária. Além de lutar para levar aos pequenos produtores “a legalização e o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, infraestrutura logística, qualificação profissional, e a retomada da autoestima da população no pós-pandemia”.

Carlos Fávaro, que é empresário e produtor rural, ingressou na política em 2005. E foi vice-governador de Mato Grosso entre os anos de 2015 e 2018, durante a gestão de Pedro Taques. O parlamentar foi empossado durante a abertura da sessão deliberativa de Plenário do último esforço coletivo do Senado em 2020. A confirmação da posse de Fávaro como senador veio após a diplomação do parlamentar, realizada virtualmente na manhã desta terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).

Cumprimentos

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cumprimentou a posse definitiva de Fávaro e reforçou que o parlamentar continuará participando dos trabalhos no Senado Federal.

— Carlos Henrique Baqueta Fávaro, que já exerce o mandato de senador, continuará conosco aqui participando das atividades desta Casa como um grande líder senador e com o reconhecimento dos votos nessa eleição suplementar dados pelo povo do estado de Mato Grosso. Com muita honra, eu cumprimento Vossa Excelência, senador Fávaro, pela campanha exitosa e pela consolidação e concretização na eleição suplementar.

Como representante do Partido Social Democrático, Nelsinho Trad (PSD-MS) ressaltou a honra em receber Fávaro oficialmente como senador.

— Para nós é uma honra tê-lo definitivamente nos quadros do Senado da República mesmo que em uma situação inusitada, tomando posse na vaga que já era sua. Mas a lei manda isso, e Vossa Excelência não teve outra alternativa a não ser submeter-se a ela e, mais uma vez, provar para a Justiça Eleitoral, como também para nós todos e para toda a população de seu estado, que Vossa Excelência realmente era o Senador que Mato Grosso desejava ter aqui — destacou.

Os senadores Wellington Fagundes (PL-MT) e Luis Carlos Heinze (PP-RS) também felicitaram a posse do novo senador.

Eleição suplementar

A eleição suplementar para senador de Mato Grosso ocorreu devido à cassação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do mandato da ex-senadora Selma Arruda e de seus dois suplentes, por caixa dois e abuso do poder econômico na campanha de 2018. O tribunal determinou a realização de novas eleições — o que estava previsto para o mês de abril. No entanto, a votação foi adiada por conta da pandemia do coronavírus e aconteceu de forma conjunta com o primeiro turno das eleições municipais.

+ Acessados

Veja Também