Dia da Mulher da Assembleia Social atendeu mulheres soropositivas

Foto: Karen Malagoli/ALMT

Dia da Mulher da Assembleia Social atendeu mulheres soropositivas

A primeira ação da Assembleia Social alusiva ao “Mês da Mulher” este ano foi especialmente voltada às mulheres com HIV/Aids. Um momento de confraternização e acolhimento, promovido na quinta-feira (5), ofereceu serviços de valorização da autoestima, café da manhã, palestra, apresentação artística e entrega de lembrancinha.

O evento foi realizado de manhã, para as mulheres da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP) de Mato Grosso, que compõem o Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas (MNCP) no estado, e ocorreu no Centro de Saúde do bairro Grande Terceiro, onde os pacientes fazem tratamento com médicos infectologistas e recebem os medicamentos (conhecidos como coquetel).

A representante estadual das duas entidades, Francisca Batista de Souza, que se posiciona como uma mulher vivendo com a infecção, explicou que o grupo das mulheres com HIV/Aids é muito vulnerável, pois, além de vivenciar desafios por causa da doença, ainda é vítima de preconceito. Francisca asseverou, todavia, que é necessário um movimento apenas de mulheres, já que há demandas e cuidados bem específicos. “Nós precisamos de algo mais, porque ficamos gestantes, menstruamos, amamentamos”, contextualiza.

Francisca destacou, ainda, que o Cidadãs PositHIVas é um movimento muito diverso e que, portanto, é necessário muita informação para combater o preconceito. “Entre nós há mulheres maduras, jovens, prostitutas, donas de casa, médicas, advogadas”, exemplifica.

A diretora da Assembleia Social, Daniella Paula Oliveira, contou que o departamento foi procurado pelo movimento, procurando “socorro do poder público”, já que se trata de um grupo “extremamente invisibilizado”. Inclusive, as pessoas infectadas geralmente não se posicionam, se encontrando apenas na unidade de saúde, onde se sentem protegidas.

“O pouquinho que a gente fez, neste momento, essa acolhida, já foi um bálsamo para aquelas mulheres”, reflete Daniella Paula sobre o evento que recebeu cerca de 100 pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.

Além do café da manhã oferecido pela ALMT, a equipe da Assembleia Social e a ONG Autoestima ofereceram maquiagem, tranças e penteados; houve apresentação do Quinteto Musical do projeto Com a Corda Toda, da UFMT, palestra sobre o tema Autocuidado e Qualidade de Vida, com o MC Educacional, e a entrega de uma lembrança desenvolvida pelo braço social da Assembleia Legislativa.

Francisca Batista não escondeu a alegria do encontro. “Foi delicioso. Perguntei também para as pessoas e elas ficaram maravilhadas, fomos muito bem atendidas”, conta, destacando ainda a sensível apresentação de cordas.

A proposta da Assembleia Social, agora, é contribuir com o fortalecimento de políticas públicas para esse grupo. “A exemplo da lei municipal [de Cuiabá], que prevê gratuidade no transporte público, vamos propor à Mesa Diretora um projeto de lei para estender essa gratuidade para ônibus intermunicipais e garantir a vinda a Cuiabá para tratamento de saúde”, garantiu.

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