Crianças do bairro Serra Dourada recebem reforço escolar

Crianças do bairro Serra Dourada recebem reforço escolar
Helder Faria/ALMT

Crianças do bairro Serra Dourada recebem reforço escolar

A tia Dani Paula perguntou para a criançada: “Quem gostou das aulas da tia Graci?” E os pequenos levantaram o dedinho e responderam em coro: “Eu”, com aquele ‘e’ longo. Nesse clima festivo, foi encerrada a primeira edição do mais novo projeto da Assembleia Social (antiga Sala da Mulher) – Reforço Escolar, desenvolvido por dois meses na Associação dos Moradores do Serra Dourada.

Dezoito crianças, entre sete e 12 anos, foram acompanhadas pela pedagoga Gracieli de Amorim Romão, duas vezes por semana, quando a professora propunha atividades de língua portuguesa e matemática – adaptadas por série – e resolvia com elas as tarefas escolares.

Alguns disseram que a dificuldade era em português, outros em matemática… Felipe Augusto de Lima, do 6º ano, contou que tem dificuldade em gramática e passou a entender melhor. “Foi bem legal, eu aprendi bastante”.

A iniciativa de levar aulas de reforço para a comunidade foi da presidente da associação do bairro, Nilda Lopes da Costa, conhecida por Tosca (com “ó”). A liderança já buscara a Assembleia Social para outras parcerias, voltadas para as mulheres. Como havia muitas famílias interessadas no reforço escolar para os filhos, o critério de escolha, segundo Tosca, foi a condição de vulnerabilidade social da família (os mais carentes) e a assiduidade nas ações da associação. “O resultado foi muito bom. A gente observa pelas respostas dos pais e das próprias crianças. A gente percebe que elas desenvolveram muito”.

Encerramento do projeto contou com presença de pais e responsáveis

Foto: Helder Faria

Para incentivar a leitura, as crianças têm disponíveis vários livros infantis, que a associação do Serra Dourada conseguiu com uma livraria. A Assembleia Social oferece a professora e um lanche. No encerramento do projeto, o lanche foi colaborativo.

Tia Graci estava muito satisfeita com a experiência. Foi a primeira vez que precisou desenvolver um método para atender crianças em séries escolares diferentes. “Sempre tive vontade de ajudar as pessoas e percebi uma boa melhora no desenvolvimento deles”.

A diretora da Assembleia Social, Daniella Paula Oliveira, estava radiante em ver tantos rostinhos lindos sentados em círculo. “Eu estou apaixonada por este projeto”, confessou. Agradeceu aos responsáveis que ali estavam por “confiar o maior tesouro de vocês a nós”.

Nem a criançada, nem os familiares, muito menos a presidente da associação queria deixar tia Graci ir embora – e encerrar o projeto, para atender nova comunidade. Dani Paula não resistiu ao pedido, verificou com a equipe de assistência social e já garantiu: tia Graci continua no Serra Dourada por mais um tempo depois das férias. Como um bom encontro de crianças, a resposta foi contagiante. “Quero levar todos na bolsa”, brincou Dani.

Turminha tinha crianças de 7 a 12 anos

Foto: Helder Faria

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