Com período chuvoso, atenção no combate à dengue deve ser redobrada em Rondonópolis

Foto: Wheverton Barros

Com período chuvoso, atenção no combate à dengue deve ser redobrada em Rondonópolis

Com o retorno do período chuvoso em Rondonópolis, a atenção com os focos do Aedes Aegypti deve ser redobrada pela população. Nesta quinta-feira (26), equipes da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) do município estiveram realizando um mutirão de combate à dengue na região dos bairros Carlos Bezerra e Edelmina Querubim.

Agentes de combate às endemias visitaram as residências, identificaram focos de larvas do Aedes Aegypti e orientaram os moradores sobre as medidas que devem ser adotadas para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.

A UVZ informa que apesar de o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes Aegypti (LIRAa) realizado nos dias 3, 4 e 5 de novembro indicar uma infestação predial de 0,9% na cidade, índice considerado satisfatório, alguns bairros preocupam pelo alto índice de infestação. No Jardim das Flores, por exemplo, foi registrada uma infestação predial de 7,25%, índice considerado de alto risco para epidemia, e na Vila Olinda e no Jardim São Bento, foram registradas infestações de 2,75% e 1,96%, respectivamente, o que representa estado de alerta para epidemia.

O LIRAa é o levantamento da quantidade de criadouros de Aedes Aegypti identificados em determinadas regiões e indica o índice de infestação predial, que é considerado satisfatório quando for menor de 1%, situação de alerta para epidemia quando compreendido entre 1% e 3,9% e de risco quando maior que 3,9%.

As equipes de agentes de combate às endemias explicam que a maior parte dos focos com larvas de Aedes Aegypti vem sendo encontradas em pneus abandonados, caixas de água, bebedouros para animais domésticos, brinquedos infantis jogados em quintais, lixo acumulado em quintais e terrenos baldios, e até mesmo em tampinhas de garrafa e sacolas plásticas jogadas em locais inapropriados.

A orientação é manter pneus em locais cobertos ou descartá-los adequadamente, caixas de água sempre tampadas, bebedouros de animais higienizados diariamente e não deixar lixo nos quintais ou terrenos baldios. A população também deve ficar atenta em não deixar brinquedos infantis em locais abertos, pois acumulam água e geram criadouros de Aedes Aegypti. Além disso, quem tem piscina deve ter atenção especial, mantendo a água limpa de forma adequada.

O trabalho dos agentes de combate às endemias é feito ao longo de todo o ano em todas as regiões da cidade. As equipes estão sempre com identificação (uniformes e crachás) e os moradores devem permitir que elas entrem nas residências para que se realize a identificação de possíveis criadouros.

Dengue

Conforme dados do Ministério da Saúde, em 2020, mesmo em meio a pandemia de coronavírus, foram registrados mais de 820 mil casos de dengue no Brasil, somente no primeiro semestre. Os estados do Acre, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal concentraram a grande maioria dos casos.

Em Rondonópolis, de acordo com dados da Vigilância Epidemiológica do município, foram confirmados 1.249 casos de dengue entre janeiro e 18 de novembro deste ano. Destes, 39 casos foram de dengue com sinais de alarme e um caso foi registrado como dengue grave (dengue hemorrágica). Em 2020, a cidade não teve casos confirmados de zika e chikungunya até 18 de novembro.

Sintomas

A dengue é causada por quatro tipos diferentes de vírus e os principais sintomas são febre alta, dores de cabeça e no corpo, além de fraqueza e os casos mais graves podem causar dor abdominal intensa e contínua, vômitos e sangramento de mucosas.

+ Acessados

Veja Também