Brasil chega ao Parapan de Lima como favorito no goalball

Brasil chega ao Parapan de Lima como favorito no goalball
Divulgação CPB

Brasil chega ao Parapan de Lima como favorito no goalball

Uma modalidade na qual o Brasil chega como um dos favoritos ao ouro nos Jogos Parapan-Americanos é o goalball. Isto acontece porque tanto a equipe masculina como a feminina conseguiram a primeira colocação na modalidade na última edição do evento, em 2015 em Toronto (Canadá).

Na atual edição do Parapan, que ocorre a partir de 23 de agosto em Lima (Peru), o Brasil chega menos pressionado, pois com a conquista dos títulos mundiais, tanto no masculino como no feminino, os atletas brasileiros já têm as vagas para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos garantidas.

O primeiro título em Guadalajara

Mas nem sempre foi assim. Esta realidade começou a mudar nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, em 2011, como explica o atleta José Roberto Ferreira: “Quando cheguei na seleção estávamos com a incumbência de sermos campeões Parapan-Americanos ou vice, se jogássemos com o Canadá na final. Só que jogamos com os Estados Unidos na final. Tínhamos a obrigação de sermos campeões. E conseguimos, graças a Deus. E ali nos classificamos para os Jogos Paralímpicos de Londres”.

Segundo o técnico da seleção masculina de goalball, Alessandro Tosim, a conquista em Guadalajara foi um divisor de águas. “Até então não tínhamos conquistado nenhum primeiro lugar. Tínhamos segundo, tínhamos terceiro. Mas não tínhamos primeiro lugar. Então foi o primeiro grande título do goalball brasileiro. E esse momento foi decisivo, pois os atletas passaram por uma transformação de entender o que é ser um atleta paralímpico. Entender o que é conquistar um título internacional”.

Desde a conquista de Guadalajara com a seleção masculina vieram duas medalhas paralímpicas, uma prata em Londres e um bronze no Rio, dois títulos mundiais e mais 2 ouros em Parapans, em Toronto 2015 (o bicampeonato do título masculino e o primeiro título feminino).

Esporte não adaptado

O goalball chegou ao Brasil apenas na década de 1980. A modalidade, que é a única paralímpica não adaptada, surgiu para ajudar na socialização de veteranos da Segunda Guerra que perderam a visão.

O goalball reúne tanto cegos totais como atletas de baixa visão. Todos utilizam vendas nos olhos para garantirem a igualdade na disputa. São três jogadores de cada lado da quadra, que tem 9 metros de largura por 18m de comprimento. Os gols tem 9 metros de largura por 1,20m de altura. São dois tempos de 10 minutos. Porém, o jogo acaba antes se alguma equipe abrir 10 gols de diferença.

Desafio de se manter no topo

Com um retrospecto tão positivo, o Brasil chega com favoritismo à disputa do goalball no Parapan, mas com um desafio muito claro, como afirma Alessandro Tosim: “Para uma equipe campeã o difícil é ela se manter campeã”.

Assista também no programa Stadium da TV Brasil:

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