Auditores alegam à CPI da Copa falta de acesso a informações das obras

Redação PH

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Auditores alegam à CPI da Copa falta de acesso a informações das obras

Três auditores estaduais foram ouvidos pelos membros da CPI da Copa, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), nesta terça-feira (14). Eles trabalharam na extinta Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) durante as obras e auditaram relatórios enviados pela empresa contratada para a fiscalização dos trabalhos.

Durante a sessão, os auditores revelaram que só tiveram acesso à maior parte das informações das obras da Copa após a troca do governo, no início deste ano, e que agora o próximo passo é auditar os pagamentos referentes às obras do VLT.

Para o presidente da CPI, Oscar Bezerra (PSB), a dúvida se deu em relação aos relatórias da empresa Planserv, contratada para gerenciar os projetos. "O que ficou na dúvida é o relatório da Planserv. Observamos que tem apontamentos, mas que no outro mês continuam [a obra]. Qual a função de uma gerenciadora? É apontar e, se for o caso, travar a execução da obra. No mínimo teve uma conivência e devem responder por isso", afirmou.

O auditor Silvio Leite explicou que uma auditoria foi feita na trincheira do Santa Rosa e que uma falha na medição poderia ter levado ao superfaturamento da obra. "A denúncia explicava que estava sendo feita uma medição a mais do que estava sendo realizada, mas depois também a empresa acabou adequando essa imperfeição", pontuou.

Os trabalhos da CPI começaram no dia 31 de março e a meta é concluir em 180 dias, mas o prazo pode se estender até 22 de dezembro. Nesta sessão, foram convocados para prestar esclarecimentos à CPI o ex-secretário interino da Copa, Maurício Guimarães, mas ele não compareceu.

A reportagem entrou contato com Maurício Guimarães, mas ele não quis comentar as informações passadas pelos auditores, nem sobre a convocação. Nenhum representante da Planserv foi localizado para se manifestar sobre a suposta omissão diante das irregularidades.

Outro ponto discutido na sessão foi a compra antecipada dos vagões. Para o membro da comissão, Dilmar Dal Bosco (DEM), comprar os vagões foi um erro. "Comprar os vagões foi a mesma coisa de comprar a carroça e esquecer dos bois. O estado foi falho na auditoria de todas as medições. O estado foi falho e conivente, não teve presença", criticou.

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