Alvo da PF, Bolsonaro nega fraude em dados de vacina: ‘Não existe adulteração da minha parte’

Picture of R7

R7

Reprodução

Alvo da PF, Bolsonaro nega fraude em dados de vacina: ‘Não existe adulteração da minha parte’

Compartilhe:

Investigado por falsificação do certificado de vacinação contra a Covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (3) que não existe adulteração por parte dele no documento de vacinação e reafirmou não ter tomado o imunizante por “decisão pessoal”. “Fico surpreso com a busca e apreensão com esse motivo”, completou.

A casa de Bolsonaro foi alvo da Polícia Federal na operação desta quarta-feira (3) para investigar a atuação de uma associação criminosa que inseria dados falsos de vacinação nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

“Eu não fui vacinado. Decisão pessoal minha, principalmente depois de ler a bula da Pfizer. A minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen. Está documentado. A minha filha Laura, que respondo por ela, atualmente com 12 anos, também não tomou a vacina. Em momento nenhum eu falei que tomei a vacina. O resto, eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão com esse motivo”, declarou Bolsonaro antes de deixar a casa após a operação da PF.

Pelas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse não saber o motivo da operação, confirmou que apenas ela havia se vacinado e negou que a PF tivesse apreendido o seu celular. “Apenas o celular do meu marido foi apreendido”, declarou. 

O ex-presidente não foi alvo de pedido de prisão preventiva, mas deve prestar depoimento à PF ainda nesta quarta-feira (3).

Entre os presos na ação estão o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e os ex-assessores especiais do ex-presidente Sérgio Cordeiro e Max Guilherme. Ao todo, os agentes cumprem 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.

Segundo a PF, as inserções falsas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, no caso, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários.

Com isso, os investigados puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (do Brasil e Estados Unidos), que visavam impedir a propagação da doença.

A apuração revela que o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a sua pauta ideológica, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Manifestações

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse em postagem em uma rede social que o ex-presidente Jair Bolsonaro “é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a lei”.

Também em uma rede social, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que somente ela foi vacinada contra a Covid-19 e que não sabe o motivo da ação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal nesta quarta-feira (3) em sua casa, em Brasília.

Deixe um comentário

+ Acessados

Veja Também