Na próxima quarta-feira (11), o senador Wellington Fagundes (PR/MT) se reunirá com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para estabelecer diálogo em torno da portaria 443/2014, que limita a exploração e venda de algumas espécies de madeiras, como Cedro, Itaúba, Garapeira, Jatobá, Jequitibá e Cerejeira. A restrição passou a vigorar este ano e limitou atividades de indústrias madeireiras que já tinham projetos de manejo aprovados. A reunião terá a participação do deputado federal Valtenir Pereira (PROS –MT) e de representantes da indústria de madeiras em Mato Grosso.

A portaria, editada ao final do ano de 2014 pegou a todos de surpresa, vez que não houve discussão prévia com a sociedade e o setor madeireiro do Estado, responsável por milhares de postos de trabalho. “Este setor é uma das principais fontes da nossa economia e a portaria trará reflexos sociais, pois uma crise como essa poderá gerar uma onda de demissões. Precisamos dialogar com o Governo Federal e encontrar uma solução para o impasse. Os trabalhadores não podem ser prejudicados”, pontuou Wellington.

Representantes do setor de base florestal do Estado, por meio do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), já protocolaram ofício no Ministério do Meio Ambiente solicitando esclarecimentos sobre a decisão, e buscam apoio de parlamentares da bancada e governadores da Região Amazônica.

“A Portaria trata da proibição à exploração do manejo florestal em espécies que apresentem risco de extinção. A decisão vale para todo o Brasil, mas não está claro como e onde foram realizados os estudos que serviram de base para a deliberação. Queremos uma análise específica em nossa região, não um levantamento feito em outros locais, para que tenhamos uma legislação federal mais coerente com a realidade.”, explicou Geraldo Bento, presidente do Cipem.