O futebol pode levar o time do céu ao inferno em poucas semanas. De equipe credenciada ao título da Libertadores, detentora da atual maior invencibilidade do mundo da bola em sua casa (32 jogos) e de uma intensidade nas partidas de fazer inveja aos principais clubes europeus, o Corinthians é agora um virtual eliminado da competição continental e uma equipe sem qualidades, um produto forjado pela grande mídia. Nunca foi nem sombra do que diziam…

Pois bem, o futebol apresenta mesmo um turbilhão de sentimentos juntos e misturados, onde esperar reflexão e sensatez é uma verdadeira utopia. O Corinthians que empolgou no início da temporada, agora sofre com partidas ruins, mais precisamente três jogos abaixo da média. O desempenho da equipe caiu, é fato, e isso torna-se determinante para mergulhar a Fiel num enorme pessimismo e serve como combustível para a tiração de sarro dos rivais.

O Corinthians perdeu para o São Paulo, na última rodada da primeira fase da Libertadores, acabou eliminado pelo Palmeiras, nos pênaltis, no Paulistão, e amargou agora um revés no primeiro duelo das oitavas de final do torneio continental, diante do desconhecido Guarani, do Paraguai por 2 a 0, fora de casa.

Os tropeços recentes frustram, afinal o time empolgava com um futebol bastante competitivo. Mas pergunto: É sensato classificar o Corinthians como um time comum, produzido pela mídia? Acho que nem tanto ao céu, nem tanto à terra. É preciso ponderar e não entrar na pilha das arquibancadas.

Acredito na virada do Corinthians sobre o rival paraguaio por três motivos: respeito o desempenho do time em casa e na “vibe” que a equipe apresenta quando joga sob os gritos da Fiel. Além disso, a qualidade da equipe pode fazer a diferença. O Corinthians é forte como time e talentoso com jogadores como Guerrero, Elias, Jadson e Emerson Sheik.

E não se pode esquecer da fragilidade do rival, que se trata apenas de uma equipe aguerrida, que soube aproveitar as falhas individuais do time alvinegro no primeiro duelo.

A partida da volta diante do Guarani, do Paraguai, será dura, sobretudo pelo emocional, já que o Alvinegro terá de fazer um resultado com três gols de diferença para seguir às quartas de final. A dose de tensão será enorme, mas a chance de virada é real.

O vexame da eliminação pode acontecer? Claro! Mas o time tem crédito e já mostrou ter qualidade para superar um placar de 2 x 0 contra, diante de um adversário inferior. Acredito na virada do time brasileiro. E você? Opine!

Já a diretoria, se quiser ajudar, que pague os salários atrasados do elenco. Isso não seria determinante para a virada, pois o elenco corintiano já se mostrou comprometido com a vitória e com o clube, mas traria tranquilidade aos jogadores, que são trabalhadores e precisam receber mensalmente como todo trabalhador.