Preso nega envolvimento com empresa acusada de sonegação fiscal em oitiva na CPI

Redação PH

Redação PH

taques cancela agenda em rondonópolis

Preso nega envolvimento com empresa acusada de sonegação fiscal em oitiva na CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal ouviu Paulo Bernardo Campos, atualmente preso acusado de homicídio, na Cadeia Pública do Capão Grande (Várzea Grande). Apesar de ter o nome registrado como sócio-administrativo da empresa Folha Verde Comércio de Grãos Ltda, ele negou qualquer envolvimento com o comércio ou com outros sócios.

Paulo Bernardo Campos disse atuar no ramo da construção civil como pedreiro, além de ajudar o pai em uma horta existente no quintal da casa da família. Ele diz que sua renda anterior à prisão era do trabalho com as obras na qual cobrava R$ 120 reais a diária.

Durante a oitiva na AL, Campos alegou que teve seu nome envolvido indevidamente na administração da empresa e tomou conhecimento das acusações somente quando recebeu a notificação da CPI, já detido no presídio.

O presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), informou que o nome de Paulo Bernando Campos consta no relatório de investigação preliminar da comissão – que atua com o suporte do delegado Luciano Inácio e de advogados, além da assessoria da Casa. O trabalho da CPI tem também amparo da Procuradoria da Assembleia Legislativa.

O deputado Emanuel Pinheiro (PR) destacou que o depoimento de Paulo Bernardo pode caracterizar o uso de laranjas e empresas fantasmas no esquema de sonegação fiscal, em Mato Grosso. A Folha Verde Comércio de Grão Ltda é suspeita de sonegar R$ 101 milhões.

O presidente da CPI disse que ainda é prematuro arrolar o depoente como "laranja", embora tudo leva a crer que Paulo Bernardo teve seu nome envolvido injustamente no esquema. De acordo com Pátio, as investigações seguirão para identificar o que de fato ocorreu.

Em relação à detenção do depoente, este foi preso por homicídio em setembro de 2015, acusado de assassinar Valteir Reis dos Santos, em Várzea Grande. Paulo Bernardo Campos confirmou a autoria do crime alegando que entrou em uma boca de fumo para vingar a morte de seu filho, ocorrida em 2013 – quando dois homens executaram o jovem. Ele contou ainda que o outro responsável pela morte do menino está solto; Pátio disse que irá solicitar ao diretor-geral da Polícia Civil, Adriano Peralta, informações sobre o caso. Além da condenação de homicídio, Campos tem passagem por tráfico de drogas.

+ Acessados

Veja Também