De acordo com Michel Temer, o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) será cabeça de chapa na eleição à Presidência da República em 2018. A declaração do atual vice-presidente do Brasil foi dada nesta quarta-feira, num evento com a participação de outros líderes peemedebistas, como Eduardo Cunha (RJ) e Renan Calheiros (AL).
Presidente nacional do partido, Temer afirmou ainda que não está definido o candidato. “O que foi estabelecido é que o PMDB será cabeça de chapa", disse ele aos jornalistas.
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, o PMDB tem uma aliança com o PT "estratégica e circunstancial", que deveria ocorrer em torno de um programa.
"Mas o PMDB desde logo está deixando claro, absolutamente claro, que vai ter um projeto de poder, que vai ter um candidato competitivo à Presidência da República", afirmou o senador, ao ser perguntado sobre a candidatura própria do partido em 2018.
O PMDB é o maior partido da base aliada da presidente Dilma Rousseff. A aliança, porém, vem se desgastando com o passar do tempo.
O partido tem, além de Renan na presidência do Senado, Eduardo Cunha no comando da Câmara dos Deputados.
Já o governo Dilma tem sofrido derrotas em votações no Congresso, mesmo depois de a presidente decidir escalar Temer para comandar a articulação política com o Parlamento.
A relação entre PT e PMDB, os dois maiores partidos da coalizão governista, tem sido desgastada em meio às dificuldades políticas do governo no Congresso, à fragilidade da economia e à baixa popularidade de Dilma. São comuns as críticas públicas de Cunha ao PT e de Renan ao governo.
Além da vice-presidência e o comando da articulação política, o PMDB comanda seis ministérios no governo Dilma –Agricultura, Minas e Energia, Turismo, Portos, Aviação Civil e Pesca.
