Justiça autoriza ida de ex-governador preso à ALMT para depor sobre Copa

Redação PH

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Justiça autoriza ida de ex-governador preso à ALMT para depor sobre Copa

A Justiça autorizou que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) preste depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura suspeita de irregularidades nas obras da Copa do Mundo de 2014, em 2014. Silval Barbosa, que estava no comando do governo do estado durante a execução da maioria das obras executadas para o mundial, está preso desde setembro do ano passado sob acusação de ilegalidades na concessão de incentivos fiscais mediante suposta extorsão e exigência de propina a empresas.

A juíza Selma Rosane dos Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que o ex-governador, que encontra-se preso no Centro de Custódia da capital, seja escoltado até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. A ida está marcada para as 14h [15h no horário de Brasília], na próxima quarta-feira (11).

O presidente da Comissão, Oscar Bezerra (PSB), decidiu convocar o ex-governador na semana passada, após ouvir dois engenheiros civis. Um deles é Fernando Orsini, gerente do Consórcio VLT até abril de 2014, e Rodrigo Gazen, da Magna Engenharia, que faz parte do consórcio.

O Consórcio VLT Cuiabá também é formado pelas empresas pelas empresas CR Almeida, CAF Brasil Indústria e Comércio, Santa Bárbara e Astep Engenharia Ltda.

Apesar de apurar a suspeita de irregularidades em todos os projetos da Copa, a CPI tem como foco a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que está parada desde 2014.

A CPI da Copa foi criada em abril de 2015. A previsão é que seja concluída em 30 de maio de 2016.

Durante a investigação, os integrantes da comissão ouviram os ex-gestores do órgão responsável por colocar os projetos em prática. Em novembro do ano passado, o ex-secretário da Copa e ex-presidente da extinta Agência de Execução de Projetos da Copa (Agecopa), Éder Moraes, que atualmente também está preso no Centro de Custódia, prestou depoimento. Na ocasião, ele levou um carrinho contendo 35 mil páginas de documentos de sua gestão, em 2011 e 2012.

Segundo ele, os documentos comprovam que o trabalho desempenhado por ele na Agecopa foi com "decência" e legalidade.

Já em março deste ano, a CPI ouviu o ex-secretário da também extinta Secopa (Secretaria da Copa), Maurício Guimarães. Ele foi questionado pelos membros da Comissão sobre a respeito da Arena Pantanal, cuja obra ainda não foi entregue oficialmente pela empresa contratada ao governo do estado.

Guimarães reconheceu que houve atrasos na obra, que ficou pronta para uso somente em abril de 2014, quando o prazo inicial era dezembro de 2012. A arena foi licitada por R$ 418 milhões, mas o total gasto com o que foi parcialmente entregue foi de mais de R$ 600 milhões, de acordo com a própria Secopa.

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